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Modelo que a ONU está conduzindo está falido, diz chefe da Secretaria Geral da Presidência

“O Modelo que a ONU está conduzindo está falido. A governança da ONU reproduz a correlação de forças do pós 2ª Guerra Mundial e o mundo...

Publicado em

Por Agência Estado

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O chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, ministro Marcio Macêdo, subiu o tom com relação à atual governança da Organização das Nações Unidas, cuja reforma é uma prioridade da presidência brasileira do G20.

“O Modelo que a ONU está conduzindo está falido. A governança da ONU reproduz a correlação de forças do pós 2ª Guerra Mundial e o mundo mudou. Os países que formam o Conselho (de Segurança) da ONU falam de paz, mas financiam e fazem as guerras”, disse Macêdo.

Ele fez os comentários durante o lançamento das recomendações do C20 Brasil, nesta quarta-feira, 13, no Rio de Janeiro. O C20 é uma derivação do G20 para a sociedade civil.

Tópico sensível no G20 pela intercessão da participação de países membros no grupo e no Conselho de Segurança da ONU, a questão da reforma da estrutura é tratada em termos diplomáticos. O governo Lula tem sido contumaz em apontar a inação do Conselho e sua pouca eficácia na resolução de conflitos globais animados pelos próprios integrantes. A ideia é ampliar a estrutura e modificar sua dinâmica, como na questão dos vetos.

Trump

Questionado sobre os efeitos da eleição de Donald Trump, nos Estados Unidos, sobre a cúpula do G20 da semana que vem, Macêdo,disse ter uma opinião pessoal de que a vitória do republicano não terá, desta vez, maiores repercussões no encontro de presidentes. Mas que, “obviamente”, deve afetar muito os próximos encontros do grupo, como o do ano que vem, na África do Sul.

G20 Social

Para além da reforma da governança global, a presidência do Brasil no G20 tem como outras duas prioridades o combate à fome e à desigualdade e o enfrentamento das questões climáticas.

Macêdo, que coordena o G20 Social, instância criada por Lula para aproximar os grupos de trabalho paralelos ao G20 e as trilhas temáticas do grupo, defendeu maior participação da sociedade civil dos países membros nas cúpulas oficiais do grupo.

“A criação do G20 social pelo presidente Lula foi uma decisão corajosa, ousada e necessária. Porque, se não, ficam uns 20 caras bacanas, de paletó e gravata, decidindo o futuro dos povos sendo que os povos não são ouvidos. A decisão sobre o G20 Social foi para ampliar participação da sociedade civil” disse o ministro.

“Porque não pode haver mais diálogo entre os grupos de engajamento social e as trilhas oficias, como a de finanças? Porque o povo não entende o que está sendo discutido? Claro que entende”, questionou para, depois, repetir a máxima de que a economia só faz sentido se for para resolver os problemas das pessoas

O documento do C20, que integra o G20 Social, com recomendações para a cúpula de líderes, vai ser entregue na próxima segunda-feira, 18, aos presidentes das 20 maiores economias do mundo e de países convidados.

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