Venda a Celepar é aprovada na Assembleia
Com “tratoraço”, falta de diálogo e com voto contrário do Bloco PT-PDT, a base de apoio ao governo Ratinho Jr na Assembleia Legislativa (Alep) aprovou nesta...
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Por Redação CGN
Deputados do Bloco PT-PDT criticaram o projeto do governo estadual, que permite a venda de uma das principais companhias de tecnologia do Paraná, e apresentaram emenda para proteger os funcionários da empresa.
Com “tratoraço”, falta de diálogo e com voto contrário do Bloco PT-PDT, a base de apoio ao governo Ratinho Jr na Assembleia Legislativa (Alep) aprovou nesta terça-feira (12) o Projeto de Lei 661/2024, de autoria do Poder Executivo, que permite a privatização da Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar). A proposta foi aprovada em primeira discussão com 36 votos favoráveis e 8 contrários.
Para o deputado Professor Lemos (PT), líder do bloco, a decisão coloca em risco a segurança dos dados dos cidadãos e órgãos públicos do Estado. “Somos contrários a essa proposta porque ela ameaça informações sensíveis da população e das instituições paranaenses, podendo até mesmo colocá-las nas mãos de criminosos”, alertou o parlamentar.
Lemos destacou a importância estratégica da Celepar, que há décadas presta serviços essenciais a setores governamentais como o Ministério Público, o Poder Judiciário e prefeituras. “Privatizar uma companhia tão relevante e lucrativa é um ataque ao patrimônio público do Paraná. Isso prejudica o Estado e os cidadãos que dependem desses serviços”, afirmou.
Bloco tentou adiar votação para ampliar debate
Durante a sessão, o deputado Professor Lemos defendeu um requerimento apresentado pelo Bloco PT-PDT para adiar a votação do PL por uma sessão, como permitido pelo regimento interno. Segundo ele, a proposta precisava ser amplamente debatida antes de ser aprovada.
“Solicitamos que o projeto fosse retirado da pauta temporariamente para aprofundarmos a discussão. Trata-se da venda dos dados da população paranaense, e entendemos que esses dados não podem ser comercializados. No entanto, nosso requerimento foi rejeitado pela base do governo”, lamentou o deputado.
Nova votação com emendas
Após a aprovação em primeira discussão, o projeto voltou à pauta em sessão extraordinária, quando recebeu emenda do bloco de oposição. Os deputados defendem a garantia de que os funcionários da Celepar sejam aproveitados em outras empresas ou órgãos públicos em caso de demissão, preservando seus direitos.
“Essa emenda busca proteger os servidores que, ao longo de suas carreiras, contribuíram para a excelência da Celepar. É inadmissível que esses trabalhadores fiquem desamparados em meio a esse processo de privatização”, concluiu Lemos.
O projeto que autoriza a venda da Celepar volta à pauta de votações na sessão plenária desta quarta-feira (13).
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