Centro de Educação Ambiental do Buriti amplia atuação após doação de insetário
Com investimento de R$ 351,8 mil, o Centro de Educação Ambiental foi inaugurado em junho e o objetivo é fortalecer o propósito de preservação da biodiversidade......
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Por CGN
Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) do Buriti, em Pato Branco, no Sudoeste do Paraná, ganhou em outubro um insetário. O novo material didático foi doado pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e vai compor o acervo do Centro de Educação Ambiental da Unidade de Conservação (UC), que já conta com coleções de sementes e de peças indígenas pré-históricas. Além do apoio para estudos e pesquisas, o recurso pedagógico possibilita que visitantes conheçam a fauna entomológica, dedicada a insetos, e o papel desempenhado por esses invertebrados no ecossistema local.
Com investimento de R$ 351,8 mil, o Centro de Educação Ambiental foi inaugurado em junho e o objetivo é fortalecer o propósito de preservação da biodiversidade do complexo ambiental, que também abriga um dos 19 viveiros de mudas do Instituto Água e Terra (IAT). A nova estrutura foi construída por meio do projeto Apoie um Viveiro, desenvolvido pelo órgão ambiental, e que visa a doação de bens, insumos e serviços para a melhoria da infraestrutura dos locais.
Chefe do escritório regional do IAT em Pato Branco e técnica responsável pela UC, Flávia Ostapiv Noguchi explica que o insetário é uma caixa com aproximadamente 45×70 centímetros, contendo variadas espécies de insetos da região, como borboletas, grilos, formigas, vespas, abelhas e besouros, entre outros.
A partir da exposição do insetário, destaca ela, o público poderá adquirir conhecimento sobre as diversas espécies de insetos existentes na região e compreender a importância deles para o nosso meio ambiente.
“Os insetos exercem um papel de relevância, são provedores de serviços ambientais e a base para o funcionamento de todos os ecossistemas. São eles que permitem a polinização, a decomposição da matéria orgânica e servem de alimento para muitas espécies”, afirma Flávia. “Além disso, contribuem para a saúde humana, por exemplo, com produtos derivados de abelhas como própolis, geleia real e mel, que têm uso por suas propriedades curativas”.
Há, ainda, outra colaboração em desenvolvimento entre IAT e UTFPR. Alunos da graduação do curso de Química colaboram com o monitoramento dos lagos do Parque Estadual Vitório Piassa, que é gerenciado em parceria entre o Instituto e Prefeitura de Pato Branco.
O Centro de Educação Ambiental, localizado na Comunidade Independência, é aberto ao público. A visita deve ser agendada diretamente com Escritório Regional de Pato Branco pelo telefone (46) 3225-3837. O horário de atendimento é das 8h às 11h30 e das 13h30 às 17h.
APOIE UM VIVEIRO – O complexo ambiental de Pato Branco é a primeira estrutura beneficiada pelo projeto Apoie um Viveiro, que prevê ações nos 19 espaços e nos dois laboratórios de sementes administrados pelo IAT. Os viveiros são responsáveis por produzir mudas de mais de 100 espécies nativas, atuando diretamente na restauração vegetal do Paraná, além de colaborar com estratégias de educação ambiental.
ARIE DO BURITI – A Área de Relevante Interesse Ecológico é uma variante de Unidade de Conservação, definida por possuir uma característica natural extraordinária ou por abrigar exemplos raros de biodiversidade regional, exigindo assim uma proteção maior por parte do Poder Público. É o caso da ARIE do Buriti, estabelecida por meio do decreto estadual nº 7.456/1990. O espaço conta com uma área de 83,78 hectares e abriga diversas espécies nativas do Estado, incluindo o buriti (Trithrinax acanthocoma), tipo de palmeira que dá nome ao local.
Na lista de 49 plantas que podem ser encontradas na UC também se destacam a araucária (Araucaria angustifolia), o angico (Parapiptadenia rigida), o cedro (Cedrela fissilis), o jerivá (Cocos romanzoffianum) e o pessegueiro-bravo (Prunus myrtifolia). Com relação à fauna na ARIE, destacam-se mamíferos como o cachorro-do-mato (Dusicyon thous), o veado (Mazama spp.) e roedores como a paca (Agouti sp.) e a cotia (Dasyprocta sp.).
Fonte: AEN
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