Saiba o que as tatuagens dos presos revelam sobre seus crimes!

As tatuagens, no universo do crime, vão muito além de meras marcas corporais; elas representam códigos de pertencimento, patentes hierárquicas, crimes cometidos e lealdades assumidas. Em muitos casos, essas insígnias funcionam como uma espécie de “currículo” do criminoso, ostentando feitos e status.

Uma das tatuagens mais emblemáticas no submundo do crime brasileiro é a figura do palhaço. Este símbolo está associado à execução de agentes das forças de segurança, como policiais militares ou civis, e serve como um alerta sobre a periculosidade do portador, que é considerado letal para as autoridades.

Outro símbolo marcante é a lágrima tatuada no canto dos olhos, que pode ter múltiplos significados: uma lágrima cheia representa que o indivíduo cometeu assassinato, enquanto uma lágrima vazia pode indicar luto ou a perda de um amigo em confrontos armados. Algumas interpretações regionais sugerem que a tatuagem também pode simbolizar arrependimento ou vingança ainda não concretizada.

As tatuagens de carpa e dragão são comuns entre criminosos que buscam mostrar sua ascensão no crime e respeito. A carpa representa perseverança e a capacidade de superar dificuldades, enquanto o dragão é um símbolo de força e autoridade, geralmente usado por líderes de facções.

Contrariando as expectativas, a tatuagem “100% Jesus” é utilizada por criminosos que acreditam em proteção espiritual durante suas atividades ilícitas. Essa insígnia pode funcionar como uma forma de justificar atos violentos, afirmando uma conexão com a fé cristã.

Tatuagens de Nossa Senhora Aparecida, se for grande, no meio das costas, indica que o preso é um estuprador. Na coxa ou na barriga, informa que o detento cometeu latrocínio. Quando o detento possui uma tatuagem em formato de pênis, indica que ele é um estuprador. Quando esse tipo de bandido é preso, costuma ser amarrado e forçado a receber a marca, que serve para identificá-lo na cadeia.

O arame farpado, por sua vez, é frequentemente associado à vida na prisão e ao tempo de condenação cumprido. Tatuado em torno do braço com um nó para cada ano de pena, representa o período exato de encarceramento e também a adaptação à violência carcerária.

Bandidos que se consideram ardilosos e pacientes, capazes de preparar seus crimes com calma, tatuam a teia de aranha. Já indivíduos com cobras tatuadas, normalmente significa que são traidores ou fofoqueiros, trata-se de uma punição e a tatuagem normalmente é feita a força.

Crânios e ossos cruzados são tatuagens comuns entre membros de facções envolvidas com tráfico de drogas e assassinatos. Essas imagens representam indiferença à vida e aceitação da morte, indicando que o portador já matou ou está disposto a morrer pela organização criminosa.

As estrelas nos ombros, típicas entre membros de facções russas e com influência global, indicam uma posição de poder. No contexto brasileiro, essas tatuagens marcam indivíduos que alcançaram altos cargos dentro de facções e que exercem autoridade sobre outros criminosos.

A rosa com punhal está relacionada a crimes passionais, frequentemente associada a detentos que mataram por ciúmes ou traições. Essa tatuagem indica um tipo de justiça própria, representando os desdobramentos emocionais de um crime.

Personagem clássico do folclore brasileiro, o Saci também é uma figura bastante associada ao mundo do crime. Aqueles que o registram, muitas vezes eram criminosos ligados ao tráfico de drogas. Tatuagens de folhas de maconha também são normalmente ligadas a este tipo de crime.

Outro tipo de tatuagem bastante comum de se encontrar em presídios é a de um bruxo. Esta, no caso, é utilizada por aqueles que se identificam como especialistas em assaltos à mão armada.

Por fim, as tatuagens de facções, como a sigla do PCC (Primeiro Comando da Capital) ou do CV (Comando Vermelho), são usadas para afirmar a lealdade a uma organização criminosa específica. Essa marca é um compromisso vitalício, e a traição pode resultar em morte.

No mundo do crime, cada tatuagem carrega uma mensagem, seja de advertência, orgulho ou história pessoal. Para as forças de segurança, compreender esses códigos é essencial para antecipar riscos e traçar estratégias de investigação mais eficazes.