Relatório revela conflito familiar no assassinato de Anderson Constantino de Lima
Testemunhas relataram que um dos envolvidos chegou a fazer ameaças, dizendo "o que é de vocês tá guardado...
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Por Redação CGN
O inquérito policial, referente ao homicídio qualificado de Anderson Constantino de Lima, de 24 anos, foi concluído pela Polícia Civil do Paraná. O documento, obtido com exclusividade pela CGN, revela os detalhes do crime ocorrido em 22 de setembro de 2024, em Cascavel, e aponta como autores dois indivíduos diretamente envolvidos no desfecho trágico.
O crime
De acordo com o relatório, Anderson Constantino de Lima foi morto após ser alvejado por um disparo de espingarda em frente à sua residência, localizada na Rua Padre Pedro Arrute, bairro Interlagos, em Cascavel. O crime foi motivado por desentendimentos familiares que se intensificaram ao longo do dia, culminando no trágico episódio que tirou a vida do jovem.
No dia do ocorrido, a Polícia Militar foi acionada para verificar uma ocorrência de lesão corporal, inicialmente informada como um simples disparo de arma de fogo. Ao chegarem ao local, os policiais se depararam com manchas de sangue na garagem da residência. O relatório indica que a mãe da vítima, que estava presente, relatou que seu filho havia sido baleado por um conhecido da família, que chegou algumas horas depois em uma bicicleta. Nas proximidades, havia um veículo Uno, de onde o agressor teria retirado uma espingarda. Ele desceu do carro armado e efetuou o disparo fatal, atingindo Anderson na região do abdômen.
A vítima foi socorrida por familiares e encaminhada à UPA Brasília, mas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito momentos depois.
Brigas anteriores
O documento da Polícia Civil aponta que, horas antes do disparo, houve diversas discussões e brigas entre os envolvidos. Um dos episódios mais relevantes foi um desentendimento entre A.S.D.R e a esposa da vítima, que se iniciou após uma série de provocações entre as partes. Testemunhas relataram que A.S.D.R chegou a fazer ameaças, dizendo “o que é de vocês tá guardado“, e a briga evoluiu para agressões físicas, onde facas e facões foram utilizados por diferentes envolvidos.
Uma segunda vítima, sofreu lesões causadas por um facão durante a briga. Ele foi socorrido pelo SIATE e encaminhado para atendimento médico, onde foi constatado que suas feridas eram superficiais.
Segundo os depoimentos, o tumulto generalizado foi desencadeado por provocações que envolviam tanto os familiares da vítima quanto os acusados, culminando no chamado do autor do disparo, que, incitado com frases “Pode matar, pode matar; mata tudo” agiu violentamente.
Investigação
O relatório final da Polícia Civil, assinado pelo delegado Fabiano Moza do Nascimento, afirma que a autoria do crime foi claramente identificada. O autor dos disparos foi preso em flagrante, horas após o crime, e os depoimentos colhidos ao longo das investigações confirmam a participação de outros envolvidos, que também foram indiciados por envolvimento no conflito que resultou no assassinato de Anderson.
O exame de necropsia, anexado ao inquérito, concluiu que a morte da vítima foi causada por lesões abdominais decorrentes de um projétil de arma de fogo. O projétil foi retirado do corpo da vítima e encaminhado para análise pericial.
Desdobramentos
Com base nas investigações e provas colhidas, a Justiça recebeu a denúncia contra S.M e A.S.D.R. A decisão judicial, emitida pela 1ª Vara Criminal de Cascavel, destaca que ambos responderão por homicídio qualificado, conforme o artigo 121, §2º, incisos I e IV do Código Penal Brasileiro, que trata do assassinato por motivo torpe e com recurso que dificultou a defesa da vítima.
O juiz responsável pelo caso manteve a prisão preventiva de S.M, reconhecendo a gravidade dos fatos e a necessidade de garantir a ordem pública. Para A.S.D.R, foram impostas medidas cautelares, como a proibição de frequentar bares e outros locais onde haja venda de bebidas alcoólicas, a proibição de contato com os familiares da vítima e o recolhimento domiciliar durante a noite e aos finais de semana.
A CGN segue acompanhando o caso.
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