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Imagem referente a Picada Mortal: Mosquito transforma vida de Pai em tragédia de 5 anos
CDC/Estação Experimental Agrícola de Connecticut

Picada Mortal: Mosquito transforma vida de Pai em tragédia de 5 anos

“Foi como se o céu desabasse sobre nós”, relembra sua filha, Amellia Pawulski, agora com 18 anos, em um misto de dor e desespero, em entrevista...

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Por Redação CGN

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Imagem referente a Picada Mortal: Mosquito transforma vida de Pai em tragédia de 5 anos
CDC/Estação Experimental Agrícola de Connecticut

A história de Richard Pawulski, 49, é uma trágica lembrança da fragilidade da vida. O pai de família morreu na última segunda-feira, cinco anos após ser picado por um mosquito infectado enquanto realizava um simples trabalho de jardinagem em seu quintal, em Colchester, Connecticut. A picada desencadeou uma luta árdua contra a encefalite equina oriental (EEE), uma doença rara, mas devastadora, que desintegra o corpo e a mente, sem dar trégua. Richard foi uma das quatro vítimas de EEE no estado em 2019, mas sua trajetória de sobrevivência temporária parecia, à primeira vista, um milagre. Entretanto, o que parecia uma vitória se transformou em uma cruel batalha de cinco anos, que culminou em sua morte por complicações associadas ao vírus e à infecção bacteriana que o seguiu.

“Foi como se o céu desabasse sobre nós”, relembra sua filha, Amellia Pawulski, agora com 18 anos, em um misto de dor e desespero, em entrevista ao jornal The Post. Amellia estava ao lado de Richard quando ele deu seu último suspiro, às 2h30 da manhã, incapaz de conter a maré de infecções e complicações que invadiram seu corpo. O mosquito, carregando a fatal EEE, parecia um inimigo inofensivo até que os sintomas começaram a aparecer.

Richard, um imigrante polonês e sobrevivente de câncer, sempre foi extremamente cuidadoso com sua saúde, mas naquele agosto de 2019, tudo mudou. Um dia após perceber a picada do mosquito, Richard começou a sentir dores de cabeça excruciantes, seguidas de vômitos. O que se seguiu foi uma cirurgia de emergência para aliviar o inchaço cerebral e, em pouco tempo, um coma de dois meses que deixou sua família à beira da escolha mais devastadora: manter Richard vivo por aparelhos ou desligá-los. Mas, num episódio quase sobrenatural, ele acordou, falando novamente.

Entretanto, o milagre foi breve. O homem que uma vez foi cheio de vida, otimista e determinado passou os últimos cinco anos preso a hospitais e casas de repouso, enfrentando uma série de doenças debilitantes. “Nos seus últimos dias, ele conseguia dizer que nos amava, mas a maior parte do tempo era confuso e desorientado”, compartilhou Margaret Pawulski, sua esposa, lutando contra as lágrimas ao relembrar os momentos finais com o marido.

A EEE, também conhecida como “triplo E”, é rara, mas tem um poder destrutivo avassalador. Com uma taxa de mortalidade de cerca de 30%, a doença desafia médicos e autoridades de saúde, que continuam perplexos com o recente ressurgimento de casos nos EUA. Richard, que se tornou um dos poucos sobreviventes iniciais em 2019, não resistiu às complicações que o seguiram, incluindo infecções como Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) e uma série de falências orgânicas.

“Este é o vírus transmitido por mosquitos mais grave que conhecemos”, alertou o Dr. Roy Gulick, chefe de doenças infecciosas do Weill Cornell Medicine e do NewYork-Presbyterian Hospital. Com mosquitos infectados detectados em pelo menos 15 condados de Nova York, as autoridades estão em alerta, mas o mistério sobre o aumento dos casos permanece sem resposta.

Enquanto Richard Pawulski enfrentava sua batalha silenciosa, a ameaça do triplo E continua a pairar sobre outras comunidades. “Se as pessoas ao menos soubessem…”, lamentou Amellia, num lamento tardio sobre o que poderia ter sido evitado com mais conscientização e precauções. Agora, sua família chora uma perda que começou com uma simples picada de mosquito, mas que arruinou cinco anos de uma vida cheia de potencial e sonhos.

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