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Imagem referente a Qual é a mensagem que Curitiba irá passar para o Brasil?
Foto: Ricardo Marajó/SMCS

Qual é a mensagem que Curitiba irá passar para o Brasil?

A lição de Curitiba sobre campanhas sem verba pública...

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Por Redação CGN

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Foto: Ricardo Marajó/SMCS

Editorial CGN – Com o encerramento do primeiro turno em várias cidades do Brasil, Cascavel, no oeste do Paraná, já definiu seu prefeito. Sem a necessidade de um segundo turno, as nossas atenções agora se voltam inteiramente para Curitiba, a capital do estado, onde uma batalha eleitoral histórica está prestes a ser travada. E essa disputa vai muito além das fronteiras da cidade: o que está em jogo na eleição de Curitiba pode ser o início do fim de um sistema bilionário que usa o dinheiro público para perpetuar uma classe política no poder.

A eleição em Curitiba colocou frente a frente dois candidatos que representam muito mais do que suas biografias. De um lado, Eduardo Pimentel, do PSB, um candidato de centro, sustentado por coligações e por um financiamento robusto de campanha, incluindo mais de R$ 11 milhões vindos dos cofres públicos. Do outro, Cristina Graeml, uma jornalista de direita que chegou ao segundo turno sem receber um centavo de dinheiro público, arrecadando pouco mais de R$ 500 mil em doações privadas e gastando a surpreendente soma de apenas R$ 6.197,00 no primeiro turno.

Essa eleição em Curitiba é emblemática porque expõe a fragilidade do argumento central que sustenta o financiamento público de campanhas no Brasil: a ideia de que esse dinheiro seria necessário para garantir a justiça e a igualdade entre os candidatos. Nada poderia estar mais longe da verdade. Cristina Graeml, com seus modestos recursos, derrubou essa falácia ao alcançar o segundo turno contra adversários que gastaram milhões. Ela é a prova viva de que campanhas eleitorais podem ser feitas com eficiência, sem que o povo brasileiro seja obrigado a financiar o mercado bilionário das eleições.

O exemplo de Cristina Graeml é um alerta poderoso para o Brasil inteiro. Enquanto em São Paulo os candidatos do segundo turno, Ricardo Nunes e Guilherme Boulos, nadam em rios de dinheiro público – R$ 44 milhões e R$ 65 milhões, respectivamente – em Curitiba, Cristina mostra que é possível fazer mais com menos. Ela desmascara o sistema que utiliza o financiamento público não para promover a equidade, mas para garantir que os mesmos grupos políticos se perpetuem no poder, enriquecendo seus aliados e distribuindo recursos de maneira desigual.

Se Cristina Graeml vencer, como o sistema vai justificar a manutenção desse esquema bilionário se uma mulher que gastou apenas R$ 6 mil no primeiro turno conseguiu derrotar um adversário que despendeu milhões de reais? Isso não é apenas uma eleição local. Se Cristina vencer, será um sinal claro de que os bilhões que alimentam campanhas no Brasil não servem para nada além de sustentar um mercado artificial, onde empresas de marketing político, lucram às custas do sacrifício do trabalhador brasileiro.

A queda do sistema passa por Curitiba. Sem o foco em Cascavel, onde a eleição já se encerrou, o Paraná e o Brasil inteiro devem olhar com atenção para o que acontece na capital. O futuro das campanhas eleitorais e do financiamento público está em jogo. Cristina Graeml não é apenas uma candidata; ela é um símbolo de que a política pode ser feita de forma diferente, com transparência e respeito ao dinheiro do povo.

No dia 27 de outubro, Curitiba poderá fazer história mais uma vez. Mas, independentemente do resultado, Cristina Graeml já provou algo fundamental: é possível fazer campanha sem gastar o dinheiro do povo, sem que isso prejudique o desempenho eleitoral dos candidatos. O exemplo dela mostra que é viável disputar uma eleição sem recorrer aos cofres públicos e sem perder a conexão com os eleitores. Quem não deve ser prejudicado é o povo brasileiro, que já carrega o peso de um sistema inchado e caro. Agora, nos resta esperar e ver que mensagem Curitiba passará para o Brasil.

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