Homem que matou esposa e amante em SC teria desovado corpos entre o Oeste e o Sudoeste do Paraná

Na madrugada desta segunda-feira (30), policiais do Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron) prenderam um homem de 24 anos suspeito de assassinar a esposa e um suposto amante dela na cidade de Caçador, em Santa Catarina. O suspeito foi encontrado em um motel em Guaíra, no oeste do Paraná, possivelmente em fuga para o Paraguai.

Segundo o BPFron, após cometer o crime, o homem fugiu do local, desencadeando uma operação de busca pelas forças de segurança de Santa Catarina e Paraná. No veículo do suspeito foram encontrados vestígios de sangue, uma faca e vários livros sobre homicídios famosos no Brasil.

A Polícia Militar (PM) de Caçador informou que o crime ocorreu na casa do casal, no bairro Gioppo. O suspeito teria se passado pela esposa para atrair o suposto amante à residência. Ao chegar, a vítima foi atacada com uma paulada na cabeça e estrangulada.

Em uma gravação com colegas de infância, o suspeito confessou o crime. Segundo ele, os corpos foram abandonados a cerca de 200 e 100 quilômetros de Caçador, respectivamente. A polícia acredita que o próprio suspeito pode ter dificuldade para localizar os corpos, pois podem ter sido abandonados à noite.

A casa onde ocorreu o crime apresentava marcas de sangue na garagem. A vítima, Karize Ana Fagundes Lemos, era advogada em Caçador. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Santa Catarina emitiu uma nota de pesar pelo falecimento da profissional:

“A Ordem catarinense se solidariza profundamente com os familiares, amigos e colegas neste momento de dor e indignação deste triste episódio. Karize foi vítima de um crime que expõe, mais uma vez, a violência doméstica que, infelizmente, insiste em nos acompanhar. Neste momento, reafirmamos nosso compromisso de acompanhar todos os desdobramentos do caso e de lutar por justiça, em nome de Karize e de todas as mulheres que foram vítimas dessa violência inaceitável.”

A identidade do suposto amante e do suspeito não foi revelada. A Polícia Civil deve investigar o caso.