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o que estava em jogo na transição era mais do que fixar metas, diz Haddad

Não era, de acordo como ministro, apenas uma transição de governo, era algo que impunha alguns riscos que se tornaram patentes no dia 8 de janeiro...

Publicado em

Por Agência Estado

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao falar agora para estudantes da Universidade de São Paulo (USP), disse que a transição dos governos Bolsonaro para Lula da Silva, no campo econômico, foi uma experiência muito rica porque, em toda a sua complexidade, a economia não podia ser destacada do resto.

Não era, de acordo como ministro, apenas uma transição de governo, era algo que impunha alguns riscos que se tornaram patentes no dia 8 de janeiro do ano passado.

“Mas impõe ainda alguns riscos importantes de serem considerados, e nós estamos longe de ter superado uma situação de tensão social. Estamos longe disso. Então, a compreensão dessa transição pode nos ajudar no futuro próximo a não repetirmos os erros do passado recente, que nos levaram a uma situação muito delicada”, disse Haddad, que neste momento profere a palestra intitulada “Os desafios da Economia e as Perspectivas da Política no Brasil” a alunos da USP, no Auditório István Jancsó da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, na Cidade Universitária.

Ainda, de acordo com ele, estamos em década muito delicada, e que é preciso entender que, às vezes, a economia não é simplesmente uma escolha do governante que foi eleito. “E nessa transição, o que estava em jogo era muito mais do que simplesmente determinar uma meta de inflação ou uma meta de superávit primário. Nós estamos falando de riscos institucionais, políticos e sociais muito relevantes, que tinham que ser considerados não apenas pelo presidente da República, mas pelos seus ministros. E o Ministério da Fazenda era uma peça-chave na engrenagem dessa transição”, observou Haddad.

Para ele, foi preciso tomar os cuidados necessários para que o Brasil não descarrilhasse – e que, pelo contrário, entrasse nos eixos e permitisse, inclusive, ter uma situação e uma oposição saudáveis.

“Tudo que queremos é um governo saudável, e uma oposição saudável, que possa se apresentar com naturalidade e eventualmente ter uma alternância de poder que não coloque em risco valores tão caros a todos nós, como o valor da ciência, o valor da liberdade, o valor da democracia, o valor da fraternidade e da solidariedade”, disse o ministro, acrescentando que esses valores têm que estar colocando no fundo de qualquer disputa.

“A disputa que não envolve esses valores, não deveria envolver esses valores. Mas quando a disputa passa a envolver esses valores, aí nós estamos correndo risco que nós não precisamos correr. Nós já vivemos vários períodos de exceção no Brasil”, disse.

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