Editorial: O grande eleitor de Cascavel em 2024
O cenário segue, ainda, embolado. Quem pode, então, balançar o tabuleiro?...
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Por Redação CGN
CGN Editorial – O contexto político de Cascavel encara, já agora, um afunilamento. Observamos os nomes de Edgar Bueno, Marcio Pacheco e Renato Silva se consolidando como mais competitivos, buscando cada um dos três garantir, no mínimo, sua vaga no segundo turno da eleição majoritária. Sendo três pretendentes para duas vagas, certamente um ficará pelo caminho.
Não se podem descartar de todo, é claro, as forças de um eleitorado de esquerda unido em torno da pré-candidata Liliam Porto, do PT, do “MDB véio de guerra” com o novato Fernando Mantovani, do eleitorado de extrema-direita que prefere o ex-deputado Coronel Lee (AGIR) ou do eleitorado já consolidado em busca de renovação que se agrupa em torno do jovem Henrique Mecabô (NOVO). É fato, entretanto, que essas alternativas na cabeça de chapa, sem alianças, se tornam improváveis num contexto pré-eleitoral já polarizado e nessa eleição que pode ter poucos debates e pouco tempo de exposição para os novatos.
Temos abordado aqui na CGN recortes importantes da caminhada pré-eleitoral, procurando auxiliar você a compreender melhor os contextos para a sua decisão desde já. No contexto acima, interessantemente, apesar de cada eleitor cascavelense ter um voto apenas, com o mesmo peso, podemos ter nessa eleição municipal cascavelense um “grande eleitor”, capaz de proporcionar uma mudança no rumo da eleição ou uma consolidação em determinada direção. O grande eleitor é aquele que influencia muitos outros num pleito ao escancarar seu apoio a um ou outro candidato, de forma que pode mudar os rumos da disputa.
Com pré-campanhas intensas desde o final do ano passado, a campanha foi antecipada e as posições de quase todos esses “grandes eleitores” já foram comunicadas ao cidadão meses antes de outubro. Paranhos, o maior eleitor da cidade, por sua aprovação, já escancarou seu apoio ao vice Renato Silva. O Governador Ratinho e o ex-Presidente Bolsonaro, grandes eleitores no Paraná, também já estão “somados” a Renato. Outro nome com capacidade de ser “o grande eleitor” de Cascavel seria o do popular deputado estadual Batatinha. Batatinha aparentemente parece estar com Renato, mas seu partido, o MDB, cravou na semana passada a candidatura do empresário Mantovani. Marcio Pacheco também está articulado e tem o apoio de diversas lideranças empresariais, o que lhe garante uma posição de destaque nesta eleição.
O cenário segue, ainda, embolado. Quem pode, então, balançar o tabuleiro?
Entendemos que, no contexto atual, o jovem prefeiturável Henrique Mecabô tem a capacidade de se tornar o “grande eleitor” de Cascavel, influenciando diretamente no pleito a depender da sua decisão. O economista e cientista político carrega consigo uma parte do eleitorado que não ganharia por si só a eleição, mas que pode cravar, dentre os três favoritos, o próximo prefeito de Cascavel. Tanto é assim que nunca antes na história da cidade os outros pré-candidatos fizeram movimentos (sempre discretos, nos bastidores), para atrair um mesmo vice. Uma composição positiva de Mecabô com Edgar Bueno, Marcio Pacheco ou Renato Silva, certamente influenciará determinantemente no pleito, fazendo o escolhido dentre os três ter muito mais chances de vitória.
Apesar desse assédio para ser eventualmente vice de um dos nomes mais conhecidos, Mecabô, chamado na imprensa de “a noiva da vez”, parece não querer casar com ninguém. O partido NOVO recentemente garantiu a volta à legenda do ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, atualmente deputado federal, e com o novo número de deputados no partido virá a participação de seus candidatos a prefeito nos debates, de acordo com a legislação eleitoral. Além disso, em entrevista recente, o Dr. Jorge Santos, médico renomado e pré-candidato a vice-prefeito com o ex-deputado Coronel Lee, sinalizou que ele e o Coronel topariam composição na vice do jovem, somando em Cascavel os partidos NOVO e AGIR.
Com a possibilidade desse voo solo, Mecabô pode estar encantado pela história do ex-prefeito Lísias Tomé, que surpreendeu há vinte anos quando o sistema ainda permitia surpresas na eleição, ou por resultados improváveis de nomes do seu próprio Partido NOVO, como o governador Zema, de Minas, que ganhou contra tudo e contra todos o seu primeiro mandato. Talvez, ainda, esteja receoso de encarar a responsabilidade que a cidade lhe apresenta de, aos 28 anos, poder decidir quem será o próximo prefeito de Cascavel.
Destacamos na CGN, mais de uma vez, a necessidade de não olharmos apenas para esse ano, mas de formarmos novas lideranças para o futuro próximo e distante da nossa cidade. Mecabô pode ser esse nome e, certamente, já é um nome decisivo para esse processo eleitoral. É um nome novo, qualificado, de um partido de direita, que consolida um novo grupo político de pessoas respeitadas e comprometidas. Esperamos que ocupe o espaço que garanta seu aprendizado, crescimento, e o melhor para Cascavel. Afinal, o único interesse genuíno na política deve ser contribuir com a nossa população.
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