Operação Rondon Paraná 2024 beneficia 21 mil pessoas na primeira semana de atividades
O projeto é coordenado pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), e nesta edição conta com atividades de extensão nos municípios de Boa Ventura......
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Por CGN
Em dez dias, a Operação Rondon Paraná 2024 desenvolveu 536 ações de extensão, beneficiando mais de 21 mil cidadãos de 11 municípios da região Centro-Sul. São 22 equipes de rondonistas formadas por alunos e professores das sete universidades estaduais, de Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Oeste, Centro-Oeste, Norte do Paraná e estadual do Paraná, além do Centro Universitário Campo Real, Centro Universitário Uniguairacá e da Universidade Federal da Fronteira Sul. As atividades são desenvolvidas a partir de demandas específicas das comunidades. A expectativa é que até o final da operação, em 30 de julho, sejam beneficiadas cerca de 30 mil pessoas.
O projeto é coordenado pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), e nesta edição conta com atividades de extensão nos municípios de Boa Ventura de São Roque, Candói, Cantagalo, Foz do Jordão, Goioxim, Inácio Martins, Pitanga, Prudentópolis, Reserva do Iguaçu, Santa Maria do Oeste e Turvo.
Para a coordenadora estadual da Operação Rondon Paraná 2024, Sandra Cristina Ferreira, a iniciativa é uma forma de integração de ações desenvolvidas pelas universidades com as cidades, que contribuem com a qualidade de vida dos habitantes. “O nosso objetivo principal, que era a aproximação com os municípios para compartilhar conhecimentos e ampliar laços institucionais, vem sendo alcançado”, afirma. “Em todos os municípios foi possível perceber a integração da comunidade com a universidade, mesmo com a chuva e frio a população veio e participou.”
Cada município conta com dois grupos de rondonistas que são responsáveis por desenvolver atividades em áreas distintas envolvendo temas relacionados à cultura, direitos humanos, educação, inclusão social, meio ambiente, saúde e tecnologia. São 222 estudantes e 50 professores envolvidos em atividades como palestras e oficinas para pessoas de todas as idades.
As equipes são formadas por docentes e estudantes de administração, biologia, ciências da computação, enfermagem, fisioterapia, jornalismo, direito, economia, geografia, história, medicina, medicina veterinária, odontologia e publicidade e propaganda.
AÇÕES – Em Prudentópolis, o mais populoso entre os municípios selecionados, são desenvolvidas ações para auxiliar em projetos que já existem na cidade e têm como objetivo promover o cuidado e o desenvolvimento de crianças e mães por meio de atividades culturais, esportivas e educativas. Também foram realizadas palestras sobre saúde e boas práticas para profissionais de saúde.
Em Boa Ventura de São Roque, os rondonistas realizaram oficinas sobre agroecologia e reciclagem, em comunidades do interior do município e palestras sobre educação sexual e o uso de agrotóxico. A venda de grãos e insumos agrícolas é parte importante da economia da cidade. A estudante do curso de medicina da Unioeste, Paula Buzolin Hartmann, está na cidade. Para ela, a operação é uma oportunidade de contribuir com a sociedade e crescer como profissional.
No município de Turvo já foram realizadas oficinas sobre saúde, primeiros socorros, saúde mental, processos de avaliação e história e cultura afro-brasileira, com a participação de mais de 180 moradores e profissionais da rede pública de ensino municipal. Houve a participação de professores, pedagogas, merendeiras e dos próprios alunos do ensino fundamental.
Em Goioxim foram desenvolvidas atividades recreativas e culturais, com uma festa junina para integrar os rondonistas com a comunidade. Em Inácio Martins aconteceram oficinas de capacitação dos moradores de comunidades indígenas e escolas da rede municipal de ensino. Em Cantagalo os rondonistas realizaram ações de busca ativa de câncer bucal. Os estudantes promoveram palestras na prefeitura e em uma Unidade Básica de Saúde sobre tipos de câncer que afetam principalmente as mulheres.
No Centro do Idoso de Candói aconteceram diversas ações, desde oficinas de artesanato até atividades físicas como aulas de alongamento e de zumba. Mais de 200 pessoas receberam orientações sobre assuntos como abandono de animais e cuidados contra a dengue nos bairros de Foz do Jordão e responderam à pesquisa de satisfação com o comércio local desenvolvida pelos rondonistas. Em Pitanga, o direcionamento das atividades foi para a formação continuada de professores e merendeiras de escolas e creches municipais.
A professora de educação infantil do município de Pitanga Juliane da Silva participou de oficinas sobre saúde mental e primeiros socorros para profissionais da rede pública de ensino e destacou a importância das ações. “São temas importantes para nós, profissionais da educação infantil, porque precisamos disso no dia a dia. Essas questões são mais abordadas em ações voltadas para as crianças e pouco para os professores”, explica.
As equipes de rondonistas que estão em Reserva do Iguaçu estiveram na Comunidade Santa Luzia, desenvolvendo ações de conscientização sobre saneamento básico, cuidados com a água e prevenção da dengue e doenças respiratórias que são mais comuns no inverno. Escolas municipais de Santa Maria do Oeste receberam diversas ações pedagógicas que abordaram temas como o meio ambiente, cuidados com a saúde das crianças e importância do respeito e promoção dos direitos humanos.
INSTITUCIONAL – A Operação Rondon Paraná surgiu em 2015 por meio de uma proposta da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Ao longo de seis edições, entre os anos de 2015 e 2023, 41 municípios foram beneficiados por ações desenvolvidas por 1.010 rondonistas, entre alunos, professores e agentes universitários. Foram 4.501 oficinas e 131.607 atendimentos disponibilizados para a população do Estado.
Fonte: AEN
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