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Imagem referente a Editorial: Por isso o Brasil não dará certo nas mãos de Lula
Foto: Ricardo Stuckert / PR

Editorial: Por isso o Brasil não dará certo nas mãos de Lula

O Brasil gasta muito mal. Estima-se que o país gaste mais de R$ 200 bilhões a mais do que o necessário apenas com salários e penduricalhos de funcionários públicos...

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Por Redação CGN

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Recentemente, o presidente Lula fez declarações que evidenciam uma profunda desconexão com a realidade econômica e fiscal do Brasil. Segundo ele, “o problema não é cortar gastos, é saber se o Brasil precisa ou não de mais arrecadação”. A resposta a essa indagação é clara e objetiva: não, presidente Lula, o Brasil não precisa de mais arrecadação. O que o Brasil precisa, urgentemente, é de uma gestão fiscal responsável que corte gastos desnecessários e otimize os recursos disponíveis.

Para fundamentar essa resposta, basta olhar para os números. Entre os 156 países emergentes, o Brasil ocupa a quarta posição em termos de arrecadação em relação ao tamanho de sua economia. Apenas três países arrecadam mais, e todos possuem uma população significativamente mais envelhecida que a nossa, o que justifica uma maior necessidade de arrecadação devido aos elevados gastos previdenciários. No entanto, no Brasil, a questão não é arrecadar mais, mas sim gastar de maneira eficiente e responsável.

O presidente Lula afirmou que precisamos “saber se estamos gastando bem ou não” e, segundo ele, a resposta é afirmativa. Contudo, a realidade é diametralmente oposta. O Brasil gasta muito mal. Estima-se que o país gaste mais de R$ 200 bilhões a mais do que o necessário apenas com salários e penduricalhos de funcionários públicos, que recebem remunerações desproporcionais em comparação com o setor privado. De acordo com o Banco Mundial, os servidores públicos brasileiros ganham, em média, o dobro do que ganhariam na iniciativa privada para funções equivalentes.

Além disso, os benefícios previdenciários dos servidores públicos são imensamente maiores que os do setor privado, gerando um desequilíbrio insustentável. Enquanto os trabalhadores do setor privado lutam para se aposentar com dignidade, os servidores públicos desfrutam de aposentadorias privilegiadas, que chegam a ser dez vezes maiores.

Outro ponto crítico são os chamados programas sociais, que, na verdade, são antissociais. Estudos do Banco Mundial revelam que a maioria desses programas beneficia mais os ricos do que os pobres. Em 2015, o Brasil tinha 15 programas sociais, dos quais apenas dois – o Bolsa Família e o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) – efetivamente beneficiavam os mais necessitados. Os demais programas, paradoxalmente, redistribuíam renda dos mais pobres para os mais ricos, resultando em uma absurda injustiça social.

A soma dos gastos com esses programas, incluindo o custo da máquina pública necessária para mantê-los, ultrapassa a cifra de um trilhão de reais por ano. Isso é inaceitável em um país onde milhões ainda vivem na pobreza e os recursos são escassos.

E não podemos esquecer dos gastos exorbitantes com a classe política e seus privilégios, além das viagens milionárias do presidente, que são um tapa na cara do contribuinte brasileiro.

Para ilustrar a ineficácia do socialismo, que parece inspirar a visão econômica do governo atual, podemos recorrer a uma experiência de um professor de economia da Universidade do Texas. Esse professor realizou um experimento com sua turma, que acreditava nas virtudes do socialismo. Ele decidiu que as notas das provas seriam a média da classe, resultando em notas iguais para todos. Inicialmente, a média foi B, e os alunos dedicados ficaram indignados enquanto os preguiçosos ficaram felizes. Na segunda prova, a média caiu para D, pois os esforçados decidiram não se sacrificar mais. Na terceira prova, a média foi F. A turma inteira foi reprovada, e o professor explicou que o experimento fracassou porque estava baseado no menor esforço possível. Quando a recompensa é grande, o esforço pelo sucesso é proporcional. Porém, quando o governo elimina as recompensas e distribui igualmente sem mérito, o fracasso é inevitável.

Portanto, a solução não está em aumentar a arrecadação, mas sim em cortar gastos excessivos e mal direcionados. É necessário implementar uma reforma administrativa que alinhe os salários e benefícios dos servidores públicos à realidade do setor privado, extinguir programas sociais ineficientes e antissociais, e combater os privilégios da classe política. Somente assim poderemos construir um Brasil mais justo e próspero para todos.

Chegou a hora de parar de buscar soluções fáceis e populistas e enfrentar os verdadeiros desafios com responsabilidade e seriedade. O Brasil merece mais do que promessas vazias e políticas ineficazes. O Brasil merece uma gestão eficiente e comprometida com o futuro de todos os brasileiros.

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