
Acusada da morte de Silvana Hoffman é condenada a seis anos de prisão no regime semiaberto
No dia 27 de julho, a jovem, ao volante de uma caminhonete Ranger, após confraternizar com Silvana, atropelou e matou a vítima na calçada. Dias após...
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Por Fábio Wronski

A primeira audiência do caso que chocou o Bairro São Cristóvão em julho de 2023 foi realizada na tarde desta segunda-feira (27). A jovem de 19 anos, acusada do homicídio de Silvana da Silva Hoffman, compareceu ao tribunal para enfrentar as acusações relacionadas ao trágico incidente.
No dia 27 de julho, a jovem, ao volante de uma caminhonete Ranger, após confraternizar com Silvana, atropelou e matou a vítima na calçada. Dias após o ocorrido, a motorista se apresentou à Polícia Civil, alegando não se lembrar do que aconteceu.
A Polícia Civil, após a investigação, concluiu o inquérito como homicídio com dolo eventual, considerando as atitudes da acusada após o acidente. Além disso, o Ministério Público denunciou a jovem por homicídio qualificado pelo recurso que dificultou a defesa da vítima e por quatro tentativas de homicídio, também qualificadas, contra outras vítimas que estavam na calçada no dia dos fatos.
Pedro Faria Cordeiro Batista, padrasto de Silvana, questiona a justiça e a falta de ação contra a acusada. “Como é que ela não bateu na casa, não bateu nas árvores aí com a mulher? Foi, né? É um negócio sem explicação”, questionou Pedro, insinuando que o ato pode ter sido intencional.
Bernadete da Silva, mãe de Silvana, também clama por justiça. “Eu quero justiça, porque há dez meses já tem aquilo que aconteceu. Esse assassinato com a minha filha. E será que a menina vai ficar livre? Eu não aceito isso”, desabafou Bernadete, que também relembrou o impacto do incidente em suas netas.
Em um desdobramento surpreendente no tribunal, a acusada no caso da morte de Silvana foi condenada a 6 anos e 8 meses no regime semiaberto, desapontando a família da vítima e seus advogados. A sentença foi proferida na audiência que originalmente estava marcada para ser de instrução do caso.
Eriana Fernanda Balbinotti, advogada da família da vítima, expressou surpresa e desapontamento com o resultado. “A gente estava esperando que fosse tramitar no rito do júri, que ela fosse encaminhada para o conselho de sentença, mas não foi como esperado”, disse Balbinotti.
A audiência resultou na desclassificação do dolo direto que o Ministério Público e Balbinotti, enquanto assistente de acusação, estavam pedindo. Em vez disso, o caso foi desclassificado para um homicídio culposo na direção de veículo automotor.
“A acusada já saiu da sala de audiência com a sentença”, disse a advogada. “E pelo fato dela ter menos de 21 anos, a pena diminuiu um pouco, pelo fato dela ter confessado, a pena também diminuiu.”
A família da vítima recebeu a notícia da sentença com pesar. “A família realmente saiu triste daqui. Eu estava anteriormente conversando com os familiares, que estavam bem abalados e ficaram muito tristes com essa notícia”, contou Balbinotti.
No entanto, a luta por justiça ainda não acabou. O Ministério Público planeja recorrer da sentença, e Balbinotti, enquanto assistente de acusação, também. “Vamos brigar mais um pouquinho aí para que a justiça realmente seja feita”, afirmou a advogada.
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