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Imagem referente a Beijar ou dar selinho no filhos é saudável? Após fala de pastor, especialistas explicam riscos
Reprodução/Instagram + Reprodução/YouTube

Beijar ou dar selinho no filhos é saudável? Após fala de pastor, especialistas explicam riscos

Após a repercussão, o pastor se pronunciou. “O que eu quis dizer ali foi que eu dei um beijo inocente e puro na minha filha, com...

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Por Diego Cavalcante

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Imagem referente a Beijar ou dar selinho no filhos é saudável? Após fala de pastor, especialistas explicam riscos
Reprodução/Instagram + Reprodução/YouTube

Nesta semana, a fala de um pastor da Igreja Batista da Lagoinha de Belo Horizonte levantou uma discussão importante sobre a relação entre pais e filhos. Lucinho virou alvo de críticas ao dizer, durante uma pregação, que “foi o primeiro homem a beijar a filha na boca“.

Após a repercussão, o pastor se pronunciou. “O que eu quis dizer ali foi que eu dei um beijo inocente e puro na minha filha, com o intuito de levantar a autoestima dela”, justificou.

Embora essa seja uma prática comum em algumas famílias, especialistas alertam para os riscos de dar “selinhos” nos filhos. Além de ser uma forma de transmissão de bactérias, o beijo na boca das crianças pode acabar fazendo com que os pequenos naturalizem esse tipo de comportamento fora do âmbito familiar.

Foram procurados psicólogos parentais para entender possíveis consequências desse gesto, que costuma estar reservado a intimidade e relacionamentos amorosos. O psicólogo Filipe Colombini, por exemplo, defende que os pais criem uma cultura de afeto que incentiva outras formas de carinho em vez do beijo nos lábios, ou selinho.

“É importante que a criança saiba que existem outras formas de carinho, seja o abraço, o beijo no rosto, o beijo na testa, um afago. É importante ensinar para essa criança que está aprendendo a se conhecer, a conhecer as relações, que existem regras sociais que são demonstradas a partir de comportamentos que não são legais de fazer”, disse.

Já a psicóloga Marta Bonfim lembra que o comportamento de dar selinho nos filhos varia culturalmente de família para família. Enquanto algumas pessoas podem considerar isso uma demonstração de afeto sem conotação sexual, outras podem optar por não praticar essa forma de carinho. Ainda assim, ela faz um alerta para esse tipo de comportamento.

“Esse comportamento do selinho deixa a criança vulnerável a não perceber quando estiver sendo violentada. Se meu pai e minha mãe, que me amam, dão selinho em mim, se alguém lá fora me der um selinho é um comportamento normal. Isso pode dificultar que a criança fale com os pais o que está acontecendo”.

Diálogo é a solução

Marta Bonfim e Filipe Colombini concordam que o melhor caminho para se estabelecer limites entre os toques que são aceitáveis e os que não são é a conversa entre pais e filhos. Para os especialistas, crianças que se desenvolvem em um ambiente de diálogo têm mais chances de estabelecerem relacionamentos saudáveis quando adultos.

“A melhor forma de conversar com a criança sobre a diferença de manifestação de carinho e seus limites é ensinando sobre educação sexual. O que é a educação sexual? É falar sobre toques bons e toques ruins. E falar também sobre os limites do corpo dela. Quando os pais forem cuidar dessas crianças é importante pedir com licença, por exemplo”, destaca Marta.

Filipe explica que é importante conversar com as crianças de forma lúdica, por meio de brincadeiras, desenhos e vídeos interativos. Já com os adolescentes, é preciso ouvir as queixas apresentadas pelos filhos sem julgamentos.

“É importante tornar essa uma relação de não julgamento. Caso o filho traga uma situação totalmente passível de punição, o pai entender e não julgar. Ouvir pelas palavras do filho e não colocar a sua própria experiência de adulto em cima disso”, pondera.

Ministério da Saúde faz alerta

Em fevereiro deste ano, o Ministério da Saúde alertou para os riscos de beijar bebês ou crianças pequenas. Segundo a pasta, para impedir o contato com as vias respiratórias, recomenda-se que cuidadores e pessoas próximas a criança evitem beijar o rosto e as mãos da criança, concentrando-se apenas na cabeça e couro cabeludo.

“Evitar beijar o bebê é essencial para prevenir várias doenças, incluindo gripe, resfriado, coronavírus, candidíase oral, mononucleose, caxumba e catapora. Nos primeiros três meses, período em que as principais vacinas são administradas, é importante evitar a exposição do bebê a ambientes fechados com aglomeração de pessoas”, disse o Ministério da Saúde.

O mesmo alerta também já foi feito pela Sociedade Brasileira de Pediatria, que explica que a fragilidade do organismo dos bebês facilita o contágio por vírus, fungos e bactérias que podem estar presentes na saliva de crianças mais velhas e adultos.

Fonte: Bhaz

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