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Foto: Reprodução

Comentário de pastor sobre beijo na filha gera onda de críticas e investigação policial

O vídeo foi extraído de um culto ministrado pelo pastor, membro da Igreja Batista da Lagoinha, e foi publicado no canal do YouTube da igreja em...

Publicado em

Por Silmara Santos

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A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) investiga o pastor Lucinho, da Igreja Batista da Lagoinha, na região Noroeste de Belo Horizonte, após ele dizer durante culto religioso que teria dado um beijo na boca de sua filha enquanto ela estava “distraída”. A fala viralizou nas redes sociais nessa quinta-feira (3).

O vídeo foi extraído de um culto ministrado pelo pastor, membro da Igreja Batista da Lagoinha, e foi publicado no canal do YouTube da igreja em 15 de abril. Durante o culto, realizado em Belo Horizonte, Lucinho e seu filho, Davi Barreto, discutiram passagens bíblicas, incluindo Gênesis 22:3, abordando também o tema da paternidade. Em dado momento, ele relata ter beijado sua filha.

“Eu peguei minha filha um dia, dei beijo nela, falei que amava ela. Ela passava e eu dizia: Nossa, que mulherão. Ai se eu te pego. Um dia ela distraiu e eu dei um beijo na boca dela. E eu falei assim: Quando eu encontrar seu namorado, eu vou falar: Você é o segundo, eu já beijei”, disse o pastor durante o culto.

O trecho gerou uma onda de comentários críticos, com muitas pessoas destacando a inadequação da fala e o potencial de incitar violência sexual. Usuários nas redes sociais rapidamente apontaram a problemática da fala do pastor, destacando seu potencial para normalizar a violência sexual e o incesto.

Horas após o caso tomar conta das redes sociais, a filha do pastor, Emily Barreto, usou seu perfil no Instagram para defender seu pai. Mãe de um filho de um ano, Emily esclareceu que seu pai nunca a beijou de forma inadequada, limitando-se, no máximo, a “selinhos”.

“Meu pai nunca me beijou de língua, nunca fez nada comigo. Ele sempre me deu um bom exemplo de uma figura paterna maravilhosa porque eu sempre podia contar para ele as minhas decepções amorosas e ele sempre me ajudou”, afirma Emily no vídeo. “Nunca aconteceu nada do tipo [violência sexual]. Tiraram a fala totalmente de contexto, só falta virem falar que estou sendo coagida,” completou.

Um dia após o caso repercutir, a PCMG confirmou que os fatos estão sendo apurados pela Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente em Belo Horizonte.

Pastor se defende

Nesta sexta-feira (3), o pastor Lucinho se manifestou sobre a polêmica por meio das redes sociais. Em vídeo feito dentro de um banheiro de avião, o religioso afirmou que fez um comentário “brincalhão”. “Eu estava pregando para homens, haviam mil homens e eu estava falando para eles da necessidade de levantar a autoestima dos filhos, que hoje têm sido muito atacados nessa área. E eu fiz um comentário brincalhão, quem conhece meu estilo de pregação sabe como é que eu sou. Eu brinco, faço uma pregação sempre leve, alegre”, disse.

O pastor alega ainda que a atitude tinha o objetivo de levantar a autoestima da filha e reclama que a fala foi retirada do contexto. “Mas agora estão pegando e retirando do contexto. O que eu quis dizer ali é que eu dei um beijo inocente, um beijo puro na minha filha, com o intuito de levantar a autoestima dela. Não foi nada além disso. Eu odeio tudo que tem a ver com pedofilia e abuso infantil, acho que criança não namora”, justifica.

O religioso encerra pedindo perdão a quem ficou “entristecido” com a fala. “Se você ficou entristecido com o que eu falei, eu te peço perdão. Mas estão tirando do contexto o que eu falei ali, e a única coisa que eu quis dizer é que nós, pais, temos que amar e cuidar, e beijar e abraçar os nossos filhos, dizer o quanto eles são maravilhosos. E o resultado deu certo, minha filha se tornou uma mulher maravilhosa, me deu um netinho lindo”, afirma.

Fonte: O Tempo

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