Atividades da Prefeitura agitam o Dia dos Povos Indígenas em aldeia de Curitiba

Siga a Prefs no WhatsApp

Para celebrar o Dia dos Povos Indígenas, nesta sexta-feira (19/4), a Prefeitura de Curitiba levou diversas atividades comemorativas à aldeia Kakané Porã, no bairro Campo de Santana. Os moradores da aldeia participaram de brincadeiras e contações de histórias e conheceram alguns dos programas de emprego da Prefeitura.

• Casa da Mulher Brasileira de Curitiba sedia encontro para discutir proteção às indígenas vítimas de violência
• Moradores de casa de passagem aproveitam atividades do Dia Mundial do Lazer
• Traços Curitibanos comemora uma década com exposição de 200 obras de artistas locais

“É muito importante fazermos atividades dentro da aldeia, além de ajudar na manutenção da cultura deles. Nós fazemos ações aqui sempre que possível, principalmente porque essa é a única aldeia em Curitiba”, explica o administrador Regional do Tatuquara, Marcelo Ferraz.

A Kakané Porã é a primeira aldeia indígena urbana do Sul do Brasil. Ela foi inaugurada em 2009 e hoje reúne 48 famílias das etnias guarani, xetá e caingangue.

“É muito bom que façam essas coisas aqui. Todo mundo gosta, principalmente as crianças, e no dia de hoje isso é ainda mais importante para nós” diz a moradora Indiamara Pereira, da etnia xetá.

Participaram do evento equipes da Secretaria Municipal do Esporte, Lazer e Juventude (Smelj), da Fundação Cultural de Curitiba (FCC) e da Fundação de Ação Social (FAS), além servidores da Regional Tatuquara.

Atividades de lazer

Nesta sexta-feira, as pessoas jogaram voleibol e tênis de mesa, além de brincarem de pula-pula. A moradora da aldeia Nathaly Soares, de 16 anos, conta como são as expectativas para dias de brincadeira como esse.

“Esses dias são sempre muito divertidos, então ficamos ansiosos para quando vai acontecer de novo. As crianças até contam os dias. No meu caso, acho tudo muito legal, mas o que mais gosto é de jogar voleibol”, relata Nathaly.

Contação de histórias

Outra atração do evento foi a contação de histórias infantis, com a leitura e distribuição de livros de autores indígenas.

“Nossa prioridade era justamente escolher livros de autoria indígena, para mostrar às crianças que a vivência deles está sendo escrita e registrada e fazendo parte da literatura. É muito legal ver a reação deles a tudo isso também”, afirma a mediadora de leitura da Fundação Cultural de Curitiba Emily Prestes, que fez a leitura das histórias.

Preparação para o mercado de trabalho

Além da programação mais voltada às crianças, a ação desta sexta-feira contou com a participação da FAS, que apresentou aos jovens os programas da Prefeitura voltados ao emprego e ao mercado de trabalho.

“Nós fazemos esse tipo de atendimento na aldeia durante o ano todo e a recepção é sempre ótima. É muito importante que os jovens conheçam todas essas oportunidades que também são para eles”, explica a supervisora da FAS no Tatuquara, Cíntia Aumann.

Henrique de Oliveira e Sara Poliana têm 15 anos e já participaram de um dos programas da FAS, o Mobiliza, em busca de seu sonho profissional.

“Nós dois queremos ser fotógrafos e esses programas trazem dicas muito importantes sobre essa área”, conta Sara. “Nós já aprendemos várias coisas, principalmente em relação ao ambiente de trabalho, que não conhecíamos muito antes. Por isso é ótimo que tragam essas oportunidades até aqui”, completa Henrique.

Dia dos Povos Indígenas

Criado em 1943, o Dia dos Povos Indígenas é comemorado no Brasil em 19 de abril para valorizar e celebrar a diversidade das culturas e das histórias das etnias. A data era conhecida como Dia do Índio, mas, em julho de 2022, foi determinada a alteração para Dia dos Povos Indígenas, a partir de um projeto no Congresso Nacional.