Após companheiros serem feridos, cascavelense é o único brasileiro em seu grupamento na Guerra da Ucrânia

O Cascavelense Anderson de Castro, atualmente o único brasileiro atuando na defesa da Ucrânia na guerra contra a Rússia, concedeu uma entrevista exclusiva à equipe da CGN nesta terça-feira. Com oito meses de atuação no conflito, Castro revelou as dificuldades enfrentadas no campo de batalha, principalmente a escassez de voluntários.

Anteriormente, ele lutava ao lado de outros quinze brasileiros. Agora, ele é o único representante do Brasil no grupamento onde atua. Em seu relato, ele destacou a falta de mão de obra como o maior desafio na guerra atualmente. “A gente tem enfrentado a maior dificuldade nessa guerra, que é a falta de mão de obra, de voluntários”, disse.

Infelizmente, todos os seus companheiros brasileiros já foram feridos e estão hospitalizados ou em recuperação em casa. Muitos, segundo Castro, não pretendem retornar ao front. “Cada um tem seus motivos”, afirmou.

Quando questionado sobre suas razões para estar na Ucrânia, Castro foi enfático: “Isso aqui é vocação, não é um trabalho fácil, não é comum. Você deixar sua família, atravessar o mundo para ajudar um povo que você não conhece, uma guerra que não é sua.”

Castro expressou preocupação com a situação da Ucrânia, que, segundo ele, tem sido deixada de lado pelos países. “A Ucrânia cada vez mais tem ficado sozinha nessa briga, e eles têm mostrado e provado que são um povo valente”, afirmou.

Em um relato emocionante, ele se colocou no lugar dos ucranianos, que são forçados a deixar suas casas e buscar asilo em outros países. “É difícil você deixar sua terra, sua cidade e ter que migrar, ter que buscar asilo em outro país, em outra cidade, sabe? Às vezes a terra que era dos seus pais, então isso não é fácil”, concluiu.

Quem quiser continuar acompanhando a rotina do brasileiro na Ucrânia pode acessar o perfil do Cascavelense nas redes sociais.