CGN
Acesse aqui o Discover e busque as mais lidas por mês!
Imagem referente a Rio: atividades culturais e esportivas marcam Dia da Síndrome de Down
© Instituto Gingas

Rio: atividades culturais e esportivas marcam Dia da Síndrome de Down

O Instituto Gingas e seu projeto Din Down Down: Construindo Laços com a Família realizam, nesta quinta-feira (21), evento para lembrar a passagem do Dia Mundial......

Publicado em

Por CGN

Publicidade
Imagem referente a Rio: atividades culturais e esportivas marcam Dia da Síndrome de Down
© Instituto Gingas

O Instituto Gingas e seu projeto Din Down Down: Construindo Laços com a Família realizam, nesta quinta-feira (21), evento para lembrar a passagem do Dia Mundial da Síndrome de Down. Aberto ao público, o evento será realizado das 13h às 16h30, na reitoria da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói, região metropolitana do Rio.

O patrocínio é da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (Secec RJ) e da concessionária Enel. A programação destaca a inclusão e a acessibilidade por meio da educação, da cultura e do esporte.

As atividades começam às 14h, com a exibição, no Centro de Artes da UFF, da animação brasileira Bizarros peixes das fossas abissais, dirigida por Marcelo Fabri Marão. O filme conta a história de uma mulher com superpoderes, uma tartaruga com transtorno obsessivo-compulsivo e uma nuvem com incontinência pluviométrica em uma jornada ao fundo do mar.

Para as 15h30, está marcada uma reunião de formação, que é uma roda de conversa para debate de temas como cidadania e direitos, com relatos de experiências.

 

Mestre Bujão e Bebel estarão na roda de conversa – Divulgação/Instituto Gingas

O fundador do Instituto Gingas, David Bassous, mais conhecido como Mestre Bujão, e o presidente da organização não governamental (ONG), Breno Platais, vão participar da mesa-redonda, junto com a atriz Isabel Santana, a Bebel, que falará sobre a importância da mulher na sociedade; e os pais da pequena Pietra, influenciadora e moradora de Niterói. Tanto Isabel quanto Pietra são portadoras da Síndrome de Down.

Às 16h30, haverá uma roda de capoeira de integração com os alunos do projeto Din Down Down: Construindo Laços com a Família. Eles pertencem às quatro turmas das escolas municipais de Niterói assistidas pelo projeto: Portugal Neves (Piratininga), Santos Dumont (Bairro de Fátima), Alberto Torres (Centro) e André Trouche (Barreto). Os estudantes se juntarão à turma da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) Niterói em uma grande roda de capoeira, encerrando as atividades do dia.

 

Patrimônio cultural

O Instituto Gingas atende a todo tipo de público, principalmente pessoas com deficiências, informou à Agência Brasil Mestre Bujão, que também é autista. Ele disse que não gosta de usar o termo ‘deficiências’, preferindo falar em características e potências.

O projeto Din Down Down: Construindo Laços com a Família é também um ponto de cultura que trabalha com as linguagens da capoeira e da música. “Só que entendendo a capoeira como patrimônio cultural imaterial do Brasil, e não como algumas pessoas, que confundem com esporte. Capoeira é cultura. Aí, a gente tem várias coisas: a musicalidade, a gestualidade, a ritualidade no sentido antropológico da palavra, e não religioso.”

A semente do Instituto Gingas foi plantada em 1992, quando Mestre Bujão começou a dar aulas para pessoas com deficiência em um colégio particular. A partir daí, ele foi sistematizando um método. Em 2003, fundou a ONG e, a partir daí, a instituição começou a ser vista no Ministério da Cultura, na Secretaria de Estado de Cultura. “Ganhamos vários prêmios. Só que, para o pessoal da Apae, desde sempre eu dou aulas. Desde os pequenos, de 2 a 4 anos, até pessoas adultas com deficiências.”

O projeto Din Down Down: Construindo Laços com a Família está presente em quatro escolas da rede pública de ensino de três municípios (Niterói, Saquarema e Cachoeiras de Macacu). Por meio desse projeto, Mestre Bujão implanta nas escolas oficinas de capoeira e música. “E também traz uma reflexão sobre acessibilidade e inclusão, em diálogo com o corpo dos colégios, como professores, diretores, orientadores educacionais.”

Ele acrescentou que estão previstos mais dois eventos, que são as rodas de integração, nas quais uma comunidade, seja colégio ou bairro, tem possibilidade de dialogar com outras, através da capoeira e da música, e as reuniões de formação, em que as pessoas são provocadas para refletir sobre cidadania e direitos”.

O Instituto Gingas atende atualmente mais de 500 pessoas, sendo 360 crianças e seus familiares e 80 adultos com deficiências.

Pilares

Mestre Bujão é formado em comunicação social, tem mestrado em ciência da arte, é especialista em acessibilidade cultural e está fazendo doutorado na UFF em ciência, tecnologia e inclusão. Ele explica que seu método Din Down Down tem dois pilares: afeto e potência.

Sobre o afeto, Mestre Bujão diz que não se trata de afeto no sentido de sentir alguma coisa, e sim da capacidade que a pessoa tem de afetar e ser afetada. “É como eu afeto essa pessoa, como ela vai me afetar e como isso afeta a sociedade.”

Quanto à potência, ele explica que o projeto não está preocupado com a deficiência da pessoa. “Eu não quero saber se a pessoa não tem perna, se não enxerga. Isso não me interessa. O que interessa é a potência dela. Como ela pode, o que ela pode. Se ela não tem perna, vai gingar do jeito que pode e que ela deseja; se não enxerga, vai ler com as mãos. Não nos interessa a deficiência. Isso é só um termo necessário para garantir as políticas públicas dessas pessoas. Não usamos essa ideia de deficiência e tentamos dissolvê-la através das potências de cada um.”

Outra dimensão do projeto não é o beneficiário direto que está tendo oficina naquele momento. Mestre Bujão tem oficinas de capoeira no México e alunos de Moçambique, na África. Quando eles vêm ao Brasil para ter aulas, surpreendem-se ao saber que o professor é uma pessoa com síndrome de Down.

Isso causa um estranhamento inicial que logo é substituído pela surpresa, isso é dissolver realmente a ideia de deficiência, diz Mestre Bujão. “Porque aí eles acabam dizendo que nunca tiveram uma aula tão boa como essa, e o professor consegue passar um conhecimento tão bom quanto qualquer outro que não tem deficiência. É só mais uma pessoa”, afirmou.

Fonte: Agência Brasil

Notícias Relacionadas:

MIS-PR e Unespar celebram o Dia Nacional do Choro com músicos e pesquisadores
MIS-PR e Unespar celebram o Dia Nacional do Choro com músicos e pesquisadores
Titãs apresenta a nova turnê
Titãs apresenta a nova turnê "Microfonado" no Teatro Guaíra neste sábado
Sucesso do teatro brasileiro,
Sucesso do teatro brasileiro, "A Última Sessão de Freud" tem curta temporada no Guairinha
Estão abertas as inscrições para exames da EJA do Ensino Médio
Estão abertas as inscrições para exames da EJA do Ensino Médio
Estão abetas as inscrições para exame da EJA do Ensino Médio
Estão abetas as inscrições para exame da EJA do Ensino Médio
Curta-metragem vai mostrar como ditadura afetou crianças no Brasil
Curta-metragem vai mostrar como ditadura afetou crianças no Brasil
Fantasiar-se é terapêutico, dizem jovens em evento geek em Brasília
Fantasiar-se é terapêutico, dizem jovens em evento geek em Brasília
Intercâmbio: inscrições do programa Ganhando o Mundo são prorrogadas até 26 de abril
Intercâmbio: inscrições do programa Ganhando o Mundo são prorrogadas até 26 de abril
Cultura já repassou R$ 19 milhões da Lei Paulo Gustavo; confira o status dos editais
Cultura já repassou R$ 19 milhões da Lei Paulo Gustavo; confira o status dos editais
Mais de 930 mil alunos da rede estadual fazem a Prova Paraná a partir de segunda-feira
Mais de 930 mil alunos da rede estadual fazem a Prova Paraná a partir de segunda-feira
Estado promove encontros sobre patrimônio cultural em Paranavaí e Umuarama
Estado promove encontros sobre patrimônio cultural em Paranavaí e Umuarama
Orquestra Didática chega a Ponta Grossa para temporada gratuita de duas semanas
Orquestra Didática chega a Ponta Grossa para temporada gratuita de duas semanas
Semana cultural amplia visibilidade de colégios indígenas de Diamante D’Oeste
Semana cultural amplia visibilidade de colégios indígenas de Diamante D’Oeste
Ana Carolina faz homenagem a Cássia Eller no palco do Guairão nesta sexta
Ana Carolina faz homenagem a Cássia Eller no palco do Guairão nesta sexta
Exposição debate espaço para pessoas negras na arte contemporânea
Exposição debate espaço para pessoas negras na arte contemporânea
Nova mostra no MON, ópera no Guairão, Air Supply e arte indígena agitam agenda cultural
Nova mostra no MON, ópera no Guairão, Air Supply e arte indígena agitam agenda cultural
Escolas estaduais em Curitiba receberão R$ 33 milhões em obras e equipamentos
Escolas estaduais em Curitiba receberão R$ 33 milhões em obras e equipamentos
Museu Oscar Niemeyer promove exposição com mais de 100 obras da artista Elizabeth Jobim
Museu Oscar Niemeyer promove exposição com mais de 100 obras da artista Elizabeth Jobim
Professoras da rede estadual transformam experiências de vida em livros infantis
Professoras da rede estadual transformam experiências de vida em livros infantis
Chileno cria projeto para facilitar acessibilidade no campo
Chileno cria projeto para facilitar acessibilidade no campo
Google News CGN Newsletter

Whatsapp CGN 3015-0366 - Canal direto com nossa redação

Envie sua solicitação que uma equipe nossa irá atender você.


Participe do nosso grupo no Whatsapp

ou

Participe do nosso canal no Telegram

Veja Mais