CGN
Acesse aqui o Discover e busque as mais lidas por mês!
Imagem referente a Combate às milícias precisa ter investigação de policiais e políticos

Combate às milícias precisa ter investigação de policiais e políticos

Em janeiro deste ano, um atentado em outro quiosque da região vitimou um suspeito de participar de uma milícia da zona oeste da cidade. ......

Publicado em

Por CGN

Publicidade
Imagem referente a Combate às milícias precisa ter investigação de policiais e políticos

Nos últimos meses, notícias envolvendo confrontos armados entre milícias e assassinatos cometidos por integrantes desses grupos criminosos ganharam o noticiário nacional. Em um dos casos, em outubro de 2023, três médicos foram assassinados em um quiosque na Praia da Barra da Tijuca. Segundo a polícia, um deles possivelmente foi confundido com uma liderança de um grupo rival.

Em janeiro deste ano, um atentado em outro quiosque da região vitimou um suspeito de participar de uma milícia da zona oeste da cidade. 

O conflito pelo controle da principal milícia da zona oeste da cidade do Rio Janeiro começou depois da morte de Wellington da Silva Braga, conhecido como Ecko, em 2021, e se acentuou depois da prisão de Luís Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, irmão e sucessor de Ecko, em dezembro de 2023.

A disputa por territórios tem gerado confrontos armados em comunidades controladas por milicianos, o que provoca não apenas mortes de rivais como também ameaça a segurança de moradores dessas áreas.

A prisão e morte de lideranças operacionais desses grupos criminosos, como Ecko e Zinho, não resolve a situação e apenas cria vácuos de poder que fomentam conflitos armados pela disputa do controle territorial, avaliam os especialistas.

“As milícias são indissociáveis de alguns grupos policiais, que oferecem proteção para a atuação das milícias. As milícias possuem uma relação com o Estado muito mais próxima do que o tráfico. Então, uma ação de repressão estratégica às milícias precisa justamente atacar essas conexões com o poder público”, defende a pesquisadora Carolina Grillo, do Grupo de Estudos de Novas Ilegalidades (Geni), da Universidade Federal Fluminense (UFF).

O professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Michel Misse diz que não adianta apenas “combater o varejo da atividade criminosa”. 

“Vão permanecer nessa estrutura aqueles que oferecem mais para essa estrutura. Ela está montada. Ela quer grana e quer voto que, no fundo, acabam se somando nos períodos eleitorais. Grana e voto são o que decidem essa continuidade de estrutura de poder aqui no Rio de Janeiro. Então, quando você opera em cima de morte de pessoa de liderança, principalmente você tá abrindo um edital para ver quem é que continua”, afirma Alves. 

“Há dimensões em comum entre os grupos de extermínio e as milícias. A base do surgimento de ambos grupos são servidores públicos de segurança. Esses grupos são especialistas em provocar dano e sofrimento à vida alheia, porque são treinados dentro da estrutura de segurança pública. Outro ponto que conecta os dois grupos é o fato de eles elegerem os seus representantes. Então eles têm trajetórias políticas bem sucedidas”, disse Alves, ressaltando que a milícia passa a explorar uma gama muito maior de atividades criminosas do que seus predecessores.

Essa parceria com agentes do Estado e a política permite a rápida expansão das milícias, de acordo com Carolina Grillo, principalmente na década de 90, mas que se manteve em anos mais recentes. Um estudo publicado em 2021 pelo Geni/UFF mostrou que esses grupos criminosos já dominavam 58,6% de todos os territórios controlados por facções criminosas na cidade do Rio.

O mesmo estudo mostrou que as operações policiais em áreas de milícia representavam apenas 6,5% do total, enquanto as outras 93,5% ações ocorreram em comunidades dominadas por facções especializadas no tráfico de drogas ou em regiões em disputa.

“Você vai ter uma percepção por parte do poder público que é um pouco leniente. Teve uma série de autoridades que chegaram a se manifestar publicamente considerando que elas [milícias] fossem um mal menor em relação ao tráfico. As milícias se expandem principalmente porque elas contam com a condescendência do Estado, inclusive com a participação de agentes públicos, elas não foram sujeitas à repressão no seu período inicial”, diz Carolina.

Ela explica que hoje ainda há mais leniência com a milícia do que com o tráfico de drogas, mas já é possível perceber algumas ações mais contundentes contra esses grupos criminosos, inclusive com a participação da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).

Por meio de nota, a Polícia Civil fluminense informou que tem atuação constante de combate às milícias e que prendeu ou matou, em confronto, várias lideranças criminosas, entre eles Ecko e Zinho.

“Os agentes também fecharam diversos estabelecimentos ilegais, como centrais clandestinas de internet e TV a cabo; depósitos de gás; farmácias; fábricas de bebidas, entre outros. Centenas de armas e milhares de munições também foram apreendidas com os milicianos. A Polícia Civil ressalta que as ações causaram prejuízo de mais de R$ 2,5 bilhões para as organizações criminosas”, informa a Polícia Civil em nota.

Fonte: Agência Brasil

Notícias Relacionadas:

Polícia procura ladrões que roubaram computadores para escolas no Rio
Polícia procura ladrões que roubaram computadores para escolas no Rio
PMPR participa de nova campanha de segurança ao turista em Foz do Iguaçu
PMPR participa de nova campanha de segurança ao turista em Foz do Iguaçu
Preso miliciano envolvido em tiroteio que matou jovem em Seropédica
Preso miliciano envolvido em tiroteio que matou jovem em Seropédica
Em apenas 20 dias, Operação Mulher Segura faz 122 prisões no Paraná
Em apenas 20 dias, Operação Mulher Segura faz 122 prisões no Paraná
PCPR na Comunidade levará serviços de polícia judiciária à população de Foz do Iguaçu
PCPR na Comunidade levará serviços de polícia judiciária à população de Foz do Iguaçu
Em 20 dias, Operação Mulher Segura faz 122 prisões no Paraná
Em 20 dias, Operação Mulher Segura faz 122 prisões no Paraná
Polícia Civil forma sete alunos no curso de operações aéreas de segurança pública
Polícia Civil forma sete alunos no curso de operações aéreas de segurança pública
Mortes violentas têm queda de 31% no primeiro trimestre no Rio
Mortes violentas têm queda de 31% no primeiro trimestre no Rio
Polícia pede prisão preventiva de motorista do Porsche
Polícia pede prisão preventiva de motorista do Porsche
Com apoio de cão, PM apreende 1,5 tonelada de maconha em Santa Helena
Com apoio de cão, PM apreende 1,5 tonelada de maconha em Santa Helena
Em SP, Polícia Civil conclui investigações de acidente com Porsche
Em SP, Polícia Civil conclui investigações de acidente com Porsche
Laboratório de genética forense da Polícia Científica do Paraná completa 22 anos
Laboratório de genética forense da Polícia Científica do Paraná completa 22 anos
PCPR prende três pessoas em flagrante por falsificação de remédios em Curitiba
PCPR prende três pessoas em flagrante por falsificação de remédios em Curitiba
Polícia Civil indicia envolvidos na morte de advogado no centro do Rio
Polícia Civil indicia envolvidos na morte de advogado no centro do Rio
Major do Corpo de Bombeiros apresenta manual de atendimento a pessoas autistas
Major do Corpo de Bombeiros apresenta manual de atendimento a pessoas autistas
Operação prende sete por suspeita de tráfico internacional de THC
Operação prende sete por suspeita de tráfico internacional de THC
Com apoio de cão, PM apreende 2 toneladas de maconha em caminhão em Iguaraçu
Com apoio de cão, PM apreende 2 toneladas de maconha em caminhão em Iguaraçu
Polícia Militar apreende 2 toneladas de maconha em caminhão em Iguaraçu
Polícia Militar apreende 2 toneladas de maconha em caminhão em Iguaraçu
PCPR prende seis membros de organização criminosa ligada ao tráfico e lavagem de dinheiro
PCPR prende seis membros de organização criminosa ligada ao tráfico e lavagem de dinheiro
PCPR prende seis membros de organização criminosa ligada a tráfico e lavagem de dinheiro
PCPR prende seis membros de organização criminosa ligada a tráfico e lavagem de dinheiro
Google News CGN Newsletter

Whatsapp CGN 3015-0366 - Canal direto com nossa redação

Envie sua solicitação que uma equipe nossa irá atender você.


Participe do nosso grupo no Whatsapp

ou

Participe do nosso canal no Telegram

Veja Mais