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Luto em dobro: mãe vai ao Cemitério do Bairro Guarujá e encontra túmulo do filho com nome de outra pessoa

A mulher disse que o procedimento estava marcado para junho, mas a Acesc teria retirado os ossos antes do tempo......

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Por Ricardo Oliveira

O sentimento de perder um filho é angustiante e de uma tristeza extrema, para Gesiane Murinelli, o luto foi vivido mais uma vez nesta quinta-feira.

Há cinco anos ela perdeu o filho com apenas 12 anos por conta de um câncer. Há seis meses ela também perdeu uma filha que acabou sendo sepultada no Cemitério Cristo Redentor, no Bairro Guarujá.

Hoje a mãe foi ao túmulo da filha que foi revestido recentemente e ganhou uma lápida e decidiu passar também pelo túmulo do filho do que está sepultado no Cemitério ao lado.

O que ela não contava é que os ossos do garoto não estavam mais lá e o túmulo já constava o nome de outra pessoa.

“Quando ele foi enterrado era em um terreno público e eu já tinha procurado a Acesc para regularizar e trazer os ossos dele para o túmulo da minha filha que faleceu em novembro. Foi agendado para junho o procedimento, pois eu queria fazer uma celebração religiosa com alguns familiares. Hoje quando eu fui buscar a lápide para trazer para o Cristo Redentor tive um grande susto”.

Segundo a mãe, no momento em que ela percebeu a situação fez contato com a Acesc que providenciou rapidamente um saco com alguns ossos, mas ela não deixou sepultar.

“Eles nem deixaram eu ir até o ossário e já me trouxeram alguns ossos como sendo dele, mas eu pedi para remarcar para as 15h a exumação e enterro para que eu pudesse chamar poucos familiares para o momento de oração”.

A mulher se sente indignada, pois pagou por todos os procedimentos, mas mesmo assim levou um grande susto ao não localizar mais a ossada do filho.

“Eu fiquei muito indignada porque eles me disseram que o procedimento só podia ser feito com a presença de um familiar e retiraram os ossos do meu filho no mês passado. Não é porque o terreno é público que eles podem fazer o que quiser. Eu paguei R$ 3 mil pelo terreno e mais R$ 960 por cada túmulo, além dos R$ 95 de taxa para que eles liberassem o pedreiro para fazer o procedimento”.

A CGN fez contato com o superintendente da Acesc, Beto Guilherme que classificou o caso como lamentável.

“Eu pedi desculpas para ela, o fato é lamentável, mas por conta dos critérios dos terrenos tidos como isentos aconteceu o fato. Quando a família não procura os ossos são retirados, não é o caso, ela comprou a gaveta em outro cemitério e o jazigo não estava no nome dela e não teve uma atualização no sistema da Acesc. O fato é lamentável, mas iremos cuidar e controlar para que isso nunca mais ocorra”.

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