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Imagem referente a Dos terreiros às avenidas: hoje é dia do samba
© Fernando Frazão/Agência Brasil

Dos terreiros às avenidas: hoje é dia do samba

Neste sábado (2), é celebrado o Dia Nacional do Samba. A data surgiu por iniciativa de um vereador baiano para homenagear o compositor mineiro, autor do......

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Por CGN

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© Fernando Frazão/Agência Brasil

Neste sábado (2), é celebrado o Dia Nacional do Samba. A data surgiu por iniciativa de um vereador baiano para homenagear o compositor mineiro, autor do sucesso “Na Baixa do Sapateiro”, pela primeira visita a Salvador. Depois, a data passou a ser comemorada em todo o país.

Até então o samba tinha um ritmo mais próximo do maxixe e foi aí que, por volta dos anos 1920, uma turma do bairro do Estácio, de acordo com os historiadores, viu uma oportunidade de criar uma escola de samba. E foi assim que nasceu a Deixa Falar, uma escola que nunca desfilou.

Mas esse grupo, formado por figuras como Mano Elói, Ismael Silva e Bide, fez também sambas de sucesso, que atravessaram gerações e continuam sendo cantados até hoje nas rodas espalhadas pelo Brasil.

Nascido nos terreiros

Em tese de doutorado sobre a relação do samba, espiritualidade e mulheres de axé, a pesquisadora e jornalista Maíra de Deus Brito, ressalta que o samba nasceu dentro dos terreiros, ganhando outras nuances quando chega ao Rio de Janeiro.

“Quando Tia Ciata, Tia Perciliana, entre outras, saem da Bahia, da região do Recôncavo Baiano, e vão para o Rio de Janeiro, ali, vai ser desenvolvido outro samba, que é um samba urbano, o samba carioca, com temáticas não sagradas”, disse em entrevista à apresentadora Ana Pimenta, no programa Mosaico, das rádios nacionais da Amazônia e do Alto Solimões, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Cada canto, um samba

A pesquisadora ressalta ainda que em cada região do país o samba é influenciado por outros ritmos e valores culturais locais. No Norte, por exemplo, aproxima-se da influência caribenha.

“O samba não morre, porque está sempre se reinventando”, destaca a pesquisadora.

Na capital fluminense, as segundas-feiras são marcadas pelo Samba do Trabalhador, comandado por Moacyr Luz, que lota o Clube Renascença, casa referência da resistência negra na cidade. Uma das rodas mais disputadas, recebe tanto turistas como frequentadores assíduos, que cantam o repertório de cor, independentemente se faz ou não sucesso no rádio.

Oswaldo Cruz é um reduto histórico de grandes sambistas, como Monarco, Manaceia e Seu Mijinha. O bairro, formado pela população negra expulsa do centro com as reformas urbanas, tem nele a Feira das Yabás, que resgata a cultura do samba no quintal, típico dos subúrbios cariocas. O evento, que celebra a cultura afro-brasileira, une música e comidas típicas feitas por matriarcas do samba, como Tia Surica.

Caminhos da Reportagem

Para marcar o dia do samba, o programa Caminhos da Reportagem, da TV Brasil, apresenta reportagem sobre o samba na palma da mão, do tambor ancestral, da espontaneidade e do improviso, que mantém seu espaço mesmo diante da profissionalização e do grande sucesso comercial do Carnaval.

O programa vai ao neste domingo (3), às 22h, na TV Brasil.

Fonte: Agência Brasil

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