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Imagem referente a Incerteza marcou negociação para tirar grupo de Gaza, diz embaixador
© Pedro França/Agência Senado

Incerteza marcou negociação para tirar grupo de Gaza, diz embaixador

As negociações para retirar os brasileiros e seus familiares da Faixa de Gaza exigiu esforços da diplomacia brasileira que envolveram desde o presidente da República até......

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Por CGN

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Imagem referente a Incerteza marcou negociação para tirar grupo de Gaza, diz embaixador
© Pedro França/Agência Senado

As negociações para retirar os brasileiros e seus familiares da Faixa de Gaza exigiu esforços da diplomacia brasileira que envolveram desde o presidente da República até os embaixadores do Brasil em Israel, no Egito, na Palestina e até em Nova York, segundo contou o embaixador do Brasil no Egito, Paulino Franco de Carvalho Neto.  

Em entrevista à TV Brasil nesta segunda-feira (13), o diplomata relatou que o trabalho das autoridades brasileiras para conseguir repatriar o grupo de 32 pessoas da zona de guerra foi marcado por incertezas.  

“Foi longo e demorado. Houve muitas incertezas e dúvidas, avanços e recuos. Nós não controlávamos as variáveis como o agravamento do conflito, os bombardeios em Gaza, as preocupações de segurança de todos os países envolvidos, seja Israel, seja o Egito. Então, tudo foi muito lento, impreciso e, ao mesmo tempo, requereu um grande esforço da diplomacia e do governo brasileiro.” 

Segundo Paulino Franco, a principal dificuldade para autorizar a saída de estrangeiros tinha relação com a segurança. Os países envolvidos queriam ter certeza que nenhuma dessas pessoas estava ligada a grupos militantes da Faixa de Gaza.  

“Essas pessoas todas passaram pelo crivo de segurança para saber, em última instância, se elas tinham alguma vinculação com grupos militantes, considerados por alguns países como terroristas. Tudo isso fez com que esse processo tomasse tempo e envolvesse troca de informações entre esses governos e seus setores de segurança e de inteligência.” 

Além das questões da segurança, outro fator que dificultou a saída dos brasileiros foi o agravamento do conflito que aumentou a tensão política e diplomática na região: “Isso fez com que os governos dos países da região ficassem muito cautelosos antes de tomar qualquer decisão que pudesse ter consequências inesperadas para eles. Acho que uma série de fatores explicam essa demora e esse processo mais lento com idas e vindas”.  

“Poderá haver, eventualmente, um grupo adicional. Mas essas pessoas desse grupo adicional ainda não manifestaram taxativamente o desejo de ir ou não para o Brasil. Até porque, por mais dramática que seja a situação em Gaza, eles têm a sua vida na região”, ponderou.  

Paulino Franco comentou ainda sobre a mãe e a filha que desistiram, de última hora, de sair de Gaza. “Foram motivos pessoais de foro íntimo. Nós não entramos no mérito disso, nem caberia entrarmos, foi uma decisão pessoal delas. Com isso, o grupo passou de 34 para 32”, concluiu.  

Angústia  

Para as 17 crianças, nove mulheres e seis homens que compunham o grupo, cruzar a fronteira de Gaza com o Egito, no domingo (12), foi mais um capítulo na jornada dessas 32 pessoas (22 brasileiros, sete palestinos naturalizados brasileiros e três palestinos familiares próximos) para escapar da guerra no Oriente Médio.

A jornada de repatriação, marcada por momentos de tensão, angústia e terror, teve início no dia 7 de outubro, logo após o atentado do Hamas a Israel. Foram dias de espera aguardando a inclusão na lista de pessoas autorizadas a atravessar a passagem de Rafah, o que só ocorreu na sétima lista.

Fonte: Agência Brasil

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