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Imagem referente a Alerta sobre tráfico humano: Mulher relata experiência na prostituição

Alerta sobre tráfico humano: Mulher relata experiência na prostituição

Kika Certa, pseudônimo escolhido pela venezuelana de 51 anos, chegou em Nova Iorque vinda de Caracas, iludida por um amor. Ao invés de encontrar uma família...

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Por Redação CGN

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Uma venezuelana teve a pior noite de sua vida em sua primeira experiência como prostituta em um bordel no “Mercado dos Namorados” no Queens em Nova Iorque, e agora, ela quer alertar outras mulheres sobre os horrores desse submundo.

Kika Certa, pseudônimo escolhido pela venezuelana de 51 anos, chegou em Nova Iorque vinda de Caracas, iludida por um amor. Ao invés de encontrar uma família acolhedora, Kika se viu presa em um pesadelo na Avenida Roosevelt. “Na minha primeira noite, dormi com 20 homens”, relembra Certa, emocionada. Os clientes pagavam 35 dólares cada.

Sua decisão de falar sobre os três anos vividos como prostituta nos anos 90 veio após declarações do prefeito Eric Adams, que apontou a crescente participação de migrantes venezuelanas no comércio sexual em Corona. “Se os bordéis ainda estão lá, mulheres ainda estão sendo forçadas a se prostituir”, diz ela.

Formada em contabilidade na Venezuela e funcionária de um hotel Hilton, Kika se apaixonou por Daniel, que a apresentou à prima Sandra, moradora de Nova Iorque. Sandra prometeu acolhimento e uma vida melhor. Porém, ao chegar ao Aeroporto JFK em 1992, Sandra tomou seu passaporte e suas economias de 3.000 dólares, confinando-a em sua casa em Queens e dizendo que ela se meteria em problemas sem documentos.

Duas semanas depois, Sandra e Daniel revelaram a verdade: Daniel devia dinheiro a Sandra, e Kika teria que se prostituir para pagar a dívida. Enganada, acreditando que trabalharia como babá, Kika se revoltou com Daniel, mas ele apenas insistiu: “Apenas faça. É o que toda a minha família faz.”

Sandra então a “preparou”, comprando um maiô e dando-lhe o nome de Lily. Ela a levou para uma casa na Rua 92 com a Avenida Roosevelt. Lá, Kika foi direcionada a um quarto onde, a cada batida na porta, um homem diferente aparecia. “Aquela foi a pior noite da minha vida”, ela recorda, chorando.

Seus dias consistiam em dormir na casa de Sandra e, à noite, ser levada a diferentes bordéis. “Eu não tinha espírito, não tinha alma”, descreve. Kika relata que cerca de 20 outras mulheres, variando entre 16 e 40 anos, de diferentes nacionalidades, compartilhavam a mesma realidade. Ela nunca viu o dinheiro dos pagamentos, recebendo apenas pequenas gorjetas dos clientes. Kika tentou fugir várias vezes, mas sempre era encontrada por Sandra.

As incursões policiais nos bordéis eram frequentes, resultando na prisão das mulheres, enquanto os clientes eram liberados. Kika foi presa cinco vezes, incluindo na primeira semana. Atualmente, a polícia adota uma abordagem diferente, prendendo clientes, cafetões e madames, e encaminhando as trabalhadoras sexuais para organizações de apoio. Após cada prisão, Sandra pagava a fiança de Kika e a aguardava do lado de fora. Além disso, os bordéis eram alvos de roubos e violência, incluindo estupros.

Kika finalmente exigiu seu passaporte de volta e concordou em pagar mais dinheiro pela sua liberdade. Hoje, ela quer que as pessoas saibam que não foi prostituta por escolha. “Não é um prazer dormir com 30 homens de segunda a sexta-feira”, desabafa.

Atualmente casada e mãe de três filhas, sendo uma delas estudante de Direito, Kika ainda se sente perturbada ao ver mulheres venezuelanas trabalhando nos mesmos bordéis. “Elas não estão lá porque querem, mas porque foram forçadas de alguma maneira. Depois de quebradas, parece não haver saída”, conclui. As informações são do site NY Post.

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