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Os hermanos no divã – por Caio Gottlieb

Antes que me interpretem mal, vou logo avisando que não vai aqui nenhuma insinuação de que os hermanos sofrem de graves distúrbios mentais. É simplesmente um...

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Por Caio Gottlieb

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Se não houve compra de votos e fraude na apuração, como vem sendo denunciado, resta apenas a psicanálise para se tentar entender o resultado do primeiro turno das eleições presidenciais na Argentina que, surpreendentemente, colocaram o peronista Sergio Massa no próximo round da disputa com seis pontos à frente do oposicionista Javier Milei, que até então vinha liderando as pesquisas.

Antes que me interpretem mal, vou logo avisando que não vai aqui nenhuma insinuação de que os hermanos sofrem de graves distúrbios mentais. É simplesmente um desequilíbrio emocional crônico.

Tanto é que para tratar suas crises existenciais os vizinhos dispõem do mais elevado número de psicólogos per capita do mundo, com aproximadamente 198 profissionais para cada 100 mil habitantes, dos quais se estima que 46% se concentrem em Buenos Aires, maior colégio eleitoral do país, berço e reduto do peronismo.

Considerando, portanto, que o hábito de desnudar a alma tem papel destacado na vida da população, talvez as terapias comportamentais possam ajudar a desvendar os motivos que conduziram os eleitores a manter no páreo justamente o atual ministro da Economia de um dos governos mais catastróficos da história da nação, que afunda em uma crise social e econômica sem precedentes.

Aliás, os próprios argentinos admitem que há razões que a própria razão desconhece por trás do inesperado bom desempenho do candidato governista.

Um deles, em raivoso desabafo, expôs seu inconformismo em uma mensagem enviada a um amigo brasileiro, que a compartilhou com o blog e vai postada abaixo sem censura aos palavrões contidos no texto:

“Não quero escutar nunca mais alguém dizer que Macri perdeu em 2019 por causa da inflação. Hoje fica claríssimo que na Argentina o problema não é a economia, não é a segurança, não é a infraestrutura. É a cultura e a educação.

Somos inviáveis. Argentina, país de votantes com síndrome de Estocolmo, autoflageladores, suicidas, profundamente ignorantes.

Se cagam de fome e seguem votando nos culpados pela falta de comida. Têm merda na cabeça. Outra explicação não há.

Te trancaram em uma quarentena recorde e te ferraram sem te deixar trabalhar enquanto faziam festas pelas tuas costas; roubaram vacinas; levaram o dólar a 1200 pesos, a inflação a mais de 140% por ano e a pobreza a cerca de 50%.

Mesmo assim, votaste neles. Tu mereces comer merda”.

Ou seja, só Freud explica.

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