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Imagem referente a Botos: para evitar mortes, trechos quentes do Lago Tefé serão isolados

Botos: para evitar mortes, trechos quentes do Lago Tefé serão isolados

Para evitar mais mortes de botos em trechos de águas mais quentes do Lago Tefé, no Médio Solimões, no interior do Amazonas, a equipe envolvida na......

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Por CGN

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Para evitar mais mortes de botos em trechos de águas mais quentes do Lago Tefé, no Médio Solimões, no interior do Amazonas, a equipe envolvida na operação Emergência Botos Tefé está adotando uma nova estratégia de prevenção.

Os pesquisadores estão montando uma espécie de cordão para isolar esses trechos e conduzir os botos para áreas mais profundas do lago, onde a temperatura é mais baixa.

No balanço mais recente divulgado ontem (16), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que coordena as ações, registrou a morte de 153 botos desde o dia 28 de setembro. Do total, 130 botos são vermelhos e 23 são tucuxis.

“A seca e a temperatura da água, que chegou a 39,1°C no pico de mortalidade no dia 28 de setembro, quando 70 indivíduos morreram, estão diretamente relacionados ao ocorrido, apesar de outras causas de morte ainda não estarem descartadas, como alguma contaminação da água ou doença nos animais. Além das altas temperaturas medidas no lago durante as tardes, há também uma grande variação da temperatura da água durante o dia, variando entre 29° e 38°C”, diz o boletim do ICMBio.

A condução para águas mais profundas também tem por objetivo evitar uma intervenção direta com os animais, que pode causar mais estresse. Em uma situação mais específica, o setor da operação responsável pelo monitoramento dos animais vivos poderia efetuar o resgate de um ou mais indivíduos.

“No caso de algum indivíduo apresentar sinais de anormalidade, temos condições de resgatá-lo e encaminhá-lo ao Flutuante de Reabilitação, para monitoramento e possível tratamento e intervenção. Até o momento nenhum animal foi resgatado”, disse o ICMBio.

Investigação

As altas temperaturas no lago seguem como a principal hipótese para explicar a mortandade dos botos e tucuxis. Segundo o boletim, 104 animais foram necropsiados e amostras de tecidos e órgãos dos animais enviados para diversos laboratórios especializados distribuídos pelo Brasil.

O boletim aponta ainda que a mortandade de peixes na região é considerada normal para eventos de seca extrema. Outra equipe, responsável por monitorar os fitoplânctons no lago, registrou proliferação da alga Euglena sanguinea, desde o dia 3 de outubro.

“Apesar de ter potencial ictiotóxico, isto é, que pode causar mortalidade de peixes, até o momento não há evidências de que sua toxina esteja relacionada à mortalidade de golfinhos nem que tenha causado a morte de peixes no Lago Tefé”, diz o documento.

Além do ICMBio, a equipe que atua na operação de emergência também é composta por pesquisadores do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM), contando com o apoio de outras 23 instituições de governo e não governamentais, como Sea Shepherd Brasil, WWF-Brasil, Exército Brasileiro, Marinha do Brasil, GRAD, Aquasis, Aqua Viridi, Instituto Aqualie, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, R3 Animal, Greenpeace Brasil, Instituto Baleia Jubarte, Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Conservação de Tefé, Prefeitura de Tefé e Sea World. No total, mais de 100 pessoas estão envolvidas na operação.

Fonte: Agência Brasil

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