Festival Interculturalidades ocupa equipamentos e ruas de Niterói
O festival se estenderá até o dia 1º de outubro. A programação completa está disponível no site do Centro de Artes UFF e no portal Cultura Niterói.......
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Por CGN
O festival se estenderá até o dia 1º de outubro. A programação completa está disponível no site do Centro de Artes UFF e no portal Cultura Niterói.
O tema escolhido para a edição 2023 do evento é Inventação, “brincadeira em torno do inventar, que é uma ação”, disse o superintendente do Centro de Artes UFF, Leonardo Guelman, curador do projeto. A palavra inventação foi tirada do escritor Guimarães Rosa para trabalhar a dimensão de que a arte está sempre produzindo, sempre inventando, recriando. “E [esse] é o contexto de Brasil que a gente está. Depois dos últimos anos, se coloca um novo horizonte para a arte, para que ela possa ter esse papel de reinventar o mundo. A arte também tem essa dimensão de criar sentido”. Para Guelman, agora o Brasil volta a procurar um sentido que, de alguma forma, está muito ligado com a multiplicidade de expressões, a diversidade de culturas. “É daí que vem a inventação do Brasil, a partir de suas matrizes, da diversidade do seu povo”, acrescentou.
Tom Zé participa do Festival Interculturalidades, da UFF – Foto André Conti
Guelman informou que durante o período do festival, há uma linha de espetáculos em que são reunidos grandes ícones da poética, como é o caso do tropicalista Tom Zé, no dia 26, às 20h, com um pessoal mais novo do hip hop, como Rico Dalasam, N.I.N.A. Ao mesmo tempo, o evento apresenta mestres como o sambista Nei Lopes, Cátia de França. “É uma programação bem variada”. No próximo domingo (24), haverá o espetáculo Kabaret KarióKa – Teatro do Anônimo, às 19h, no Teatro UFF. No sábado (23), às 16h, terá projeção do Cine Orquestra O Circo – Chaplin.
Filósofo
Nesta quinta-feira (21), às 17h, no Teatro da UFF, haverá a conferência Semear Palavras, do pensador quilombola e filósofo do Piauí Antônio Bispo dos Santos, mais conhecido como Nêgo Bispo, considerado uma das principais vozes do pensamento das comunidades tradicionais do Brasil na atualidade. “A presença de Nêgo Bispo visa, justamente, pensar novas formas de territorializar o Brasil, de pensar a vida social, a produção. É um pensador que vem do chão da terra, oriundo do Quilombo Saco-Cortume, de São João do Piauí”. Para o curador Leonardo Guelman, a marca é diversidade e chão, “a linguagem que vem da terra, e perceber que nessa linguagem que vem da terra também se dá a inovação. A tradição e a inovação não são polos opostos. Elas se recriam. Toda inovação parte da tradição e esta não está fixada. Ela se move, se recria. Daí a inventação”, afirmou Guelman.
Afetividades e Olhares
Nesta quarta-feira (20), às 17h, o Espaço UFF de Fotografia abrirá a exposição Afetividades e Olhares. Serão exibido trabalhos de 12 fotógrafas brasileiras contemporâneas de 11 estados do país, com trajetórias e linguagens específicas, que revelam diferentes olhares em torno da cultura nacional e do tema do afeto. As artistas são Aziza Xavier (Minas Gerais), Marcela Bonfim (Rondônia), Raquel Bacelar (Bahia), Cristal Luz (Alagoas), Raquel Gandra (Rio de Janeiro), Daniela Paoliello (Minas Gerais), Ilana Bar (São Paulo), Ana Mendes (Amazonas/São Paulo), Marília Oliveira (Ceará), Isabella Lanave (Curitiba), Ingrid Barros (Maranhão), Dayse Euzébio (Paraíba).
Essa exposição é uma extensão do projeto Galeria Mundo, realizado em abril deste ano em três cidades fluminenses – Rio de Janeiro, Teresópolis e Cabo Frio. Maiores informações sobre o projeto são obtidas no catálogo online gratuito, que pode ser acessado aqui.
Estão programados ainda curso de percussão e oficina de teatro com Amir Haddad, entre outras atividades. O encerramento do festival está previsto para ocorrer no dia 1º de outubro, na Rua Presidente Domiciano, em frente ao Solar do Jambeiro.
O presidente da Fundação de Artes de Niterói, Fernando Brandão, destaca a relação do projeto com a cidade, uma vez que as atividades envolvem o Centro de Artes UFF, a Sala Nelson Pereira dos Santos, o Museu Janete Costa de Arte Popular, além da ocupação de espaços urbanos, como as ruas em frente ao Solar do Jambeiro. Ele diz que para a fundação, é muito importante valorizar o reconhecimento desse saber tradicional e promover uma troca entre artistas de renome e tradicionais com os músicos e a comunidade local. Brandão lembra que a prefeitura reconhece a importância de serem ocupados não só os equipamentos culturais, mas também os territórios, praças e ruas da cidade com eventos como o Interculturalidades.
Fonte: Agência Brasil
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