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São esses os nossos futuros médicos?

O que deveria ter sido um evento esportivo repleto de esportividade, camaradagem e competição saudável se transformou em um incidente chocante que trouxe à tona sérias...

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Por Diego Cavalcante

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No último sábado, dia 16 de setembro, um evento esportivo na Universidade de Santo Amaro (Unisa-SP) revelou uma perturbadora face da cultura estudantil universitária. Acadêmicos de Medicina da instituição se envolveram em um ato obsceno durante um jogo de vôlei feminino da Intermed, deixando a todos perplexos e questionando: “Esses são nossos futuros médicos?”

O que deveria ter sido um evento esportivo repleto de esportividade, camaradagem e competição saudável se transformou em um incidente chocante que trouxe à tona sérias questões sobre o ambiente acadêmico e a cultura do estupro. Vários acadêmicos abaixaram suas calças e realizaram o que pode ser descrito apenas como uma “masturbação coletiva” nas arquibancadas da quadra. Esse ato, além de ser extremamente desrespeitoso e inapropriado, é uma afronta aos princípios básicos de dignidade humana.

A pergunta que ecoa após esse incidente é: como é possível que indivíduos que ingressaram na carreira médica, supostamente dotados de inteligência, capacidade de estudo e dedicação, possam demonstrar tal falta de compreensão da cultura do estupro e dos valores éticos que são essenciais em qualquer profissão, especialmente na medicina?

Já parou para pensar que em um futuro breve, estes “profissionais” poderão estar em um consultório atendendo a sua filha?

A medicina é uma profissão que exige empatia, compaixão, respeito pelos direitos e pela dignidade dos pacientes. Os médicos são responsáveis por cuidar das pessoas em seus momentos de vulnerabilidade, muitas vezes lidando com situações delicadas e pessoais. Portanto, espera-se que os futuros médicos tenham um alto grau de maturidade emocional e ética.

Este incidente levanta questões sobre a educação e a cultura dentro das instituições de ensino superior. É fundamental que as universidades não apenas forneçam um currículo acadêmico sólido, mas também promovam valores de respeito, igualdade e integridade. A cultura do estupro é uma ameaça não apenas às vítimas diretas, mas também à sociedade como um todo, minando a confiança nas instituições e prejudicando o progresso em direção a uma sociedade mais justa e igualitária.

A Unisa, assim como outras instituições de ensino superior, deve investigar cuidadosamente esse incidente e tomar medidas firmes para garantir que atos desse tipo não se repitam. É essencial que sejam realizadas campanhas educativas que promovam o respeito, a igualdade de gênero e a consciência sobre a cultura do estupro entre os estudantes.

Além disso, os acadêmicos envolvidos no incidente devem ser responsabilizados por suas ações, não apenas pela instituição, mas também perante a lei, se for o caso. A impunidade não pode ser tolerada quando se trata de atos tão graves e repugnantes.

Em última análise, o incidente na Unisa é um lembrete alarmante de que a cultura do estupro ainda é uma realidade em nossa sociedade e que o trabalho para combatê-la deve começar nas instituições de ensino. Não podemos permitir que futuros médicos, ou qualquer outra profissão, perpetuem essa cultura prejudicial. A pergunta “Esses são nossos futuros médicos?” deve nos levar a uma reflexão profunda sobre como educamos e moldamos os valores de nossa futura geração de profissionais de saúde.

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