Bloco de Notas – por Caio Gottlieb

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Ex-diretor geral da Itaipu Binacional durante boa parte do governo Bolsonaro, período em que destinou vultosos recursos da hidrelétrica para a execução de grandes obras de infraestrutura em várias regiões do Estado, entre elas a segunda ponte entre o Brasil e o Paraguai na tríplice fronteira, o general da reserva Joaquim Silva e Luna está de volta a Foz do Iguaçu. Turbinado pela imensa popularidade que granjeou na cidade ao comandar a usina e incentivado por influentes lideranças locais, ele assinou ficha de filiação no partido Republicanos em cerimônia das mais prestigiadas. Picado pela mosca azul, vai disputar no ano que vem a prefeitura da Terra das Cataratas. É competidor fortíssimo.

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Tem mais de 350 participantes inscritos o 1º Fórum Econômico e Político do Oeste do Paraná que acontece nesta sexta-feira (16) no auditório da Associação Comercial e Industrial de Cascavel. Iniciativa da Caciopar, do Programa Oeste em Desenvolvimento e da Acic, o evento inédito reunirá destacadas lideranças do setor produtivo e do mundo político em torno do propósito de debater os principais gargalos de logística e infraestrutura que inibem o potencial de crescimento da região e validar a indicação de alternativas para solucioná-los. O número expressivo de participantes demonstra não apenas o interesse provocado pelo tema do encontro, como também a força reivindicatória que dele emanará para buscar as respostas para os problemas junto às esferas governamentais. O poder público só ouve quem fala alto.

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Existem as exceções, mas o insucesso em campo de algumas das grandes equipes do futebol brasileiro pode ser explicado também pela má gestão de suas finanças. Um levantamento realizado pela consultoria EY, com base nos valores divulgados pelas agremiações, estabeleceu em 11,3 bilhões de reais a dívida dos 30 principais clubes das Séries A e B do campeonato nacional. O líder é o Atlético Mineiro, com endividamento de R$ 1,5 bilhão, seguido por seu maior rival no Estado, o Cruzeiro, que tem contas a pagar no total de 1,1 bilhão. O terceiro lugar é do Botafogo, com um passivo de 1,04 bilhão. O quarto colocado do ranking é o Corinthians, que está no vermelho com 972 milhões de reais. O seu time do coração devendo fortunas e tirando o sono dos credores e você aí preocupado porque deve umas merrecas na praça.

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Graças a uma maior cooperação entre as autoridades dos dois países, o roubo de carros, camionetes e caminhões no Brasil para serem vendidos no Paraguai vem caindo drasticamente nos últimos anos. Agora esse tipo de crime mudou de fronteira e de produto. O novo negócio das quadrilhas é furtar máquinas agrícolas de produtores rurais do Paraná, São Paulo e Rio Grande do Sul e levá-las para a Argentina através da divisa entre o estado e a província de Misiones, na região Sudoeste. A bem da verdade, na maioria dos casos o agricultor argentino adquire o equipamento sem saber que sua origem é delituosa. Colheitadeiras na casa do milhão de reais e tratores beirando 600 mil fazem o risco dos bandidos valer a pena.

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36 anos. Esse foi o tempo que demorou para ficar pronta a Ferrovia Norte-Sul, também chamada de “Transamazônica sobre Trilhos”, que teve seu último trecho concluído, sem celebrações, no final de maio. Sobrevivendo a erros técnicos, mudança do traçado e escândalos de corrupção, a obra, que custou 15 bilhões de reais, deve ser inaugurada em breve e logo estará liberada para escoar a produção de grãos e outras cargas de três estados sem saída para o litoral (Goiás, Tocantins e Minas Gerais) por meio de duas interconexões, ao Norte e ao Sul, para os portos de Itaqui, no Maranhão, e Santos, em São Paulo. Enfim, antes tarde do que nunca. As estradas de ferro foram fundamentais para expandir o crescimento econômico dos Estados Unidos e da Europa desde os primórdios do século 20 e continuam sendo o modal de transporte mais econômico para longas distâncias. O Brasil precisa de mais ferrovias.

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Nada como ter um companheiro na presidência da República. Por ordem de Lula, o Ministério das Comunicações abriu a porteira para, literalmente, aparelhar o Movimento Sem Terra com a concessão de uma boa penca de outorgas de rádios comunitárias. Essa modalidade de emissora, explorada exclusivamente por associações e entidades sem fins lucrativos, tem cobertura restrita a um raio de 1 km, o que é mais do que suficiente para a tarefa de mobilizar os militantes do grupo para atender a principal razão de sua existência: invadir propriedades rurais alheias. As novas rádios vão se somar a outras 15 que o MST já opera em diversos estados. Te cuida, Rede Globo.

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Dias atrás, o jornalista Alexandre Garcia escreveu, intrigado, que gostaria de entender porque um advogado que embolsa milhões de reais em cada causa, como Cristiano Zanin, faz um esforço enorme para virar ministro do Supremo Tribunal Federal e ganhar um mísero salário de 37 mil reais por mês. Ora, caro Alexandre, que pergunta maliciosa! Está mais do que evidente que é o desejo de servir a pátria, sem qualquer outro interesse. Simples assim.