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Imagem referente a O país é pobre, mas o governo é rico – por Caio Gottlieb

O país é pobre, mas o governo é rico – por Caio Gottlieb

A grandeza da comitiva, aliás, virou assunto no noticiário na imprensa de Lisboa....

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Por Caio Gottlieb

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São dados oficiais, registrados nas contas do governo federal: só em diárias, os servidores (ministros e assessores da presidência) que acompanharam Lula e Janja na viagem de cinco dias entre Portugal e Espanha, em abril, abocanharam 1,1 milhão de reais.

A grandeza da comitiva, aliás, virou assunto no noticiário na imprensa de Lisboa.

O esbanjamento de dinheiro não foi menor em Madri, onde o hotel que recebeu a turma para uma permanência de pouco mais de 24 horas saiu pela bagatela de 850 mil reais.

Ainda na estada-relâmpago da caravana na capital espanhola, foram torrados com aluguel de carros e despesas burocráticas outros 800 mil reais, além de mais 17 mil pagos pelos serviços de um intérprete.

Voltando à Europa em maio para assistir à coroação do rei Charles, o presidente e seu cortejo custaram aos cofres públicos mais de 1,3 milhão de reais com a hospedagem de dois dias ocupando 57 quartos de um dos hotéis mais luxuosos de Londres.

Porém, o recorde até agora continua sendo o tour presidencial pela China, em abril, que tirou do bolso dos brasileiros que pagam impostos mais de R$ 6,6 milhões para cobrir as despesas de uma delegação oficial de 80 felizardos.

Com a porteira aberta pelo chefe, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, não fez cerimônia para levar treze auxiliares à Suíça, dias atrás, ao custo de 448 mil reais.

Em contraste com o comportamento perdulário de um governo que se diz defensor dos miseráveis, nada mudou para as pessoas humildes que continuam frequentando a tristemente famosa fila do osso de Cuiabá.

Ninguém acredita, obviamente, que os novos donos do poder cumpram a promessa eleitoreira de botar picanha na mesa de milhões de brasileiros famintos, nem que resolvam o problema do desemprego e as graves deficiências na saúde, na educação e na segurança que afetam a esmagadora maioria da população.

Mas não é pedir muito que, tendo a responsabilidade de administrar um país com tantas carências como é o nosso, deem pelo menos algum exemplo de austeridade.

*Por se tratar de um texto que traz opinião pessoal, o artigo não reflete necessariamente a opinião da CGN.

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