Relatório revela a perturbadora causa por trás da morte de Marília Mendonça
De acordo com o laudo, as decisões tomadas pelo piloto não indicaram qualquer erro, pois a altura da aeronave estava dentro dos padrões estabelecidos. O Cenipa,...
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Por Redação CGN
Nesta segunda-feira (15), o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão vinculado à Força Aérea Brasileira (FAB), divulgou o relatório final das investigações sobre o trágico acidente aéreo que resultou na morte da renomada cantora Marília Mendonça, em novembro de 2021. O relatório revelou uma descoberta chocante: não houve falha humana ou mecânica, mas sim um obstáculo inesperado para a aeronave – as torres de energia da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).
De acordo com o laudo, as decisões tomadas pelo piloto não indicaram qualquer erro, pois a altura da aeronave estava dentro dos padrões estabelecidos. O Cenipa, no entanto, enfatizou que as torres de energia desempenharam um papel crucial na tragédia. O relatório não atribui culpa, mas busca criar um ambiente propício para evitar situações semelhantes no futuro, conforme afirmou o advogado da família da cantora, Robson Cunha, em uma coletiva de imprensa.
Além das investigações do Cenipa, a Polícia Civil também conduziu uma investigação paralela, baseada nos fatores meio, humano e máquina. Segundo o delegado responsável, Ivan Lopes, o piloto desviou do padrão de pouso e colidiu com a rede de transmissão da Cemig, que estava fora da área de proteção para aeronaves.
Depoimentos de pilotos foram fundamentais para a investigação. Um deles testemunhou que ouviu o piloto de Marília relatando sua posição correta para o pouso. No entanto, outro piloto presente no aeroporto observou que a aeronave se afastou do trajeto padrão, perdendo contato visual e colidindo com os fios durante o alinhamento para o pouso.
Embora as investigações não possam determinar com certeza o motivo pelo qual o piloto se afastou tanto, especula-se que ele possa ter buscado uma descida mais suave para proporcionar um pouso mais confortável. O Cenipa ressaltou, no entanto, que essa mudança de rota não constitui erro.
A tragédia que vitimou Marília Mendonça, aos 26 anos, ocorreu quando o avião que a transportava de Goiânia para Minas Gerais caiu. A cantora tinha shows agendados em pelo menos duas cidades do estado. Inicialmente, a assessoria de Marília anunciou que todos a bordo haviam sido resgatados e estavam bem, mas, posteriormente, foi confirmada a morte da cantora, do piloto, do copiloto, do tio da artista e de um produtor.
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