Tudo que você realmente precisa saber sobre criptomoedas: real digital, segurança, privacidade e muito mais

O real digital será a 1º moeda virtual brasileira. A ideia do Banco Central é lançar esse projeto até o ano de 2024, o que permitirá que brasileiros possam utilizar esse método de pagamento por produtos ou serviços.

O conceito por trás do real digital é o Central Bank Digital Currency (CBDC). Ou seja, uma moeda digital emitida pelo banco central do país em que ela foi lançada, ao contrário de criptomoedas tradicionais que são disponibilizadas com base em redes independentes.

Diversas pessoas que têm criptomoedas em suas carteiras já acompanham a cotação Bitcoin e leem notícias sobre ativos digitais para entender mais sobre o funcionamento de uma moeda virtual, bem como descobrir como comprá-la.

No caso do real digital, o interesse dos brasileiros é ainda maior, já que essa será a 1ª moeda virtual lançada pelo Banco Central do Brasil, a qual promete tornar tudo muito mais fácil para o governo brasileiro, bem como para quem utiliza esse método de pagamento.

Dinheiro que não poderá ser convertido em cédulas

O real é a moeda principal do Brasil desde 1º de julho de 1994, após um período de instabilidade inflacionária na economia brasileira. Em outras palavras, os preços dos produtos estavam fora de controle e isso fazia com que gerenciar a inflação fosse muito difícil para os gestores econômicos.

Com isso, o real foi criado e, desde então, é a moeda oficial do Brasil. Porém, agora o real digital parece ser o novo ativo que poderá ser utilizado para compras e vendas. No entanto, ao contrário do que o Plano Real fez com a Unidade Real de Valor (URV) – moeda que era utilizada antes da implementação do real, o real digital não substituirá nenhuma moeda em específico.

Na realidade, o real digital entrará na economia brasileira como uma outra opção para que os brasileiros possam pagar por produtos e serviços. No entanto, isso não significa que os brasileiros poderão converter o seu saldo digital em cédulas de verdade.

De acordo com informações do Banco Central brasileiro, os cidadãos receberão códigos que poderão ser utilizados para saber qual é o valor que ele tem em conta. A ideia é que a utilização do código seja realizada para permitir que uma transação seja realizada.

O real digital e as criptomoedas

Uma dúvida muito comum com relação ao real digital é saber diferenciar esse ativo de uma criptomoeda. O mais interessante é que há uma diferença básica, porém evidente, desse cripto ativo.

Uma criptomoeda não é um ativo privado e possui características de investimentos, onde há o intuito de descobrir se o preço vai valorizar e ganhar com essa valorização. Além disso, não existe qualquer tipo de regulamentação do Banco Central brasileiro para formalizar esse método de pagamento como algo que substitua algumas opções para pagar no Brasil.

O real digital, portanto, não é uma criptomoeda. Nesse caso, o BC brasileiro fará a emissão e distribuição do real digital no mercado utilizando-se de bancos e outras instituições financeiras devidamente credenciadas.

Esse já é o sistema que o Banco Central utiliza atualmente para a emissão de moedas, só que sem uma moeda digital específica – apenas as cédulas. De acordo com estudos, o real digital ajudará na redução da lavagem de dinheiro e reduzirá significativamente a emissão de papel-moeda – o que representa um custo elevado para o BC.

Para o brasileiro, resta aguardar para ver o que acontecerá nos próximos capítulos. Afinal, a certeza é de que o real digital vem para facilitar o dia a dia da maioria dos brasileiros.