“O que está acontecendo com Lula? É a pergunta que começa a rondar Brasília” – por Caio Gottlieb
Pois nesta sexta-feira (24) a colunista Eliane Cantanhêde, evocando a mesma inquietação, publicou no jornal O Estado de S. Paulo, com o título acima, o artigo...
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Por Caio Gottlieb
Semanas atrás, precisamente no dia 4 de março, postei no blog a nota intitulada “Nervos à flor da pele”, onde abordei a grande preocupação que já despertava em Brasília o notório descontrole emocional (ou distúrbio psiquiátrico) que acomete Lula, revelado não apenas em público, em seus discursos cada vez mais desvairados e raivosos, como também em reuniões palacianas onde seguidamente ele demonstra impaciência e irritação ao repreender auxiliares mais próximos.
Pois nesta sexta-feira (24) a colunista Eliane Cantanhêde, evocando a mesma inquietação, publicou no jornal O Estado de S. Paulo, com o título acima, o artigo devastador (e insuspeito, porque ela fez o L) do qual reproduzo alguns trechos:
“Na mesma semana, o presidente Lula surpreendeu os meios políticos, jurídicos e diplomáticos ao fazer ao menos duas acusações graves, sem provas, imprudentemente. A primeira atingiu os Estados Unidos, um parceiro fundamental. A segunda foi contra o ex-juiz, ex-ministro e agora senador Sergio Moro, mas os estilhaços vão longe.
Ao vento, do nada, Lula acusou o Departamento de Justiça dos EUA de um conluio com a Lava Jato para prejudicar as empreiteiras brasileiras em licitações internacionais. Uma história rocambolesca, sem pé nem cabeça, dessas que qualquer um pode lançar numa mesa de bar, numa roda de amigos, mas o presidente?
Ele já vinha espancando o Banco Central e mandou rasgar os livros de economia e a acusação foi feita às vésperas da viagem à China, que vive momentos tensos com os EUA. A reação oscila entre o choque e o constrangimento, com uma pergunta pairando no ar: O que está acontecendo com o Lula?
Não satisfeito, o presidente se saiu com a história de que a articulação do PCC para matar Moro, sua família e o promotor Lincoln Gakiya foi “armação do Moro!” É irresponsável, ridiculariza a Polícia Federal, que detectou e agiu tempestivamente contra a audácia do crime organizado, e tem um efeito colateral: dá holofotes a Moro.
Ninguém fala o que quer, na hora que bem entende, sem pesar as consequências. Isso vale principalmente para um presidente, mas Lula tem quebrado essa regra básica com certa frequência, preocupando o seu entorno, gerando críticas diplomáticas, atiçando a oposição e, claro, ganhando espaço negativo na mídia.
Também é compreensível que Lula chore num discurso, num evento. Mas, se ele chora tanto, tão seguidamente, começa a gerar um zunzunzum incômodo sobre as condições emocionais de um presidente que volta para um terceiro mandato num País e num mundo diferentes – e mais hostis.
Por falar em hostilidade, Lula, o governo e o PT jogam toda a culpa dos juros estratosféricos no BC, mas manifestações infelizes do presidente e insegurança na economia assustam investidores, pressionam a inflação e impactam nos juros.”
Resumo da ópera: com Bolsonaro, o Brasil tinha um presidente apenas malcriado e boquirroto; com Lula, o Brasil tem na presidência um homem condenado por corrupção, desatinado, truculento, rancoroso e com sinais claros de insanidade mental.
Creio não haver mais a menor dúvida sobre qual deles é mais nocivo para o país.
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