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Dani Calabresa e mais 10 colegas detalham em vídeo acusações contra Melhem, que se defende

Além de Dani, as atrizes Renata Ricci, Georgiana Góes, Veronica Debom, Maria Clara Gueiros, as roteiristas Luciana Fregolente e Carolina Warchavsky, os diretores Cininha de Paula...

Publicado em

Por Agência Estado

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As acusações de assédio sexual envolvendo Marcius Melhem ganharam um novo capítulo nesta sexta-feira, 24. Dani Calabresa e mais dez colegas detalharam as acusações em entrevista ao portal Metrópoles, que também ouviu a versão do humorista e ex-chefe do núcleo de humor da Rede Globo.

Além de Dani, as atrizes Renata Ricci, Georgiana Góes, Veronica Debom, Maria Clara Gueiros, as roteiristas Luciana Fregolente e Carolina Warchavsky, os diretores Cininha de Paula e Mauro Farias, e os atores Marcelo Adnet e Eduardo Sterblicht também participaram da entrevista ao portal.

Dani denunciou Melhem em dezembro de 2019. O comediante, por sua vez, processa Calabresa por danos morais. Na entrevista, Georgiana explicou que, apesar de o ambiente de trabalho com o comediante ser “descontraído”, “tinha momentos de constrangimento que eu demorei pra entender que aquele constrangimento não era normal”.

Sobre esses constrangimentos, Veronica Debom detalhou que “ele detonava nossa autoestima para manter todo mundo sob controle, por isso ele tinha tantos gênios debaixo da asa dele”.

O que as vítimas alegam?

Luciana contou que, no primeiro dia de trabalho, o humorista abriu a porta de cueca. “Eu paralisei quando vi aquilo, ao mesmo tempo era o emprego dos meus sonhos, sabe? Eu tava chegando ali, trabalhar com o humor na maior emissora do Brasil, e eu tava super feliz e de repente o chefe abre a porta de cueca”, relembrou. O episódio em questão aconteceu em 2014.

Renata Ricci ainda afirmou que histórias de assédio sempre foram muito protegidas, já que nem todas as mulheres que acusam Melhem se conheciam e nem sabiam que outras haviam passado por situações semelhantes.

“A Dani ter coragem de falar foi o estopim, só que não está fácil. Se eu tô aqui, eu não dormi essa noite, tô tremendo de medo. Tem muitas pessoas que também não estão aqui”, disse.

Dani Calabresa ressaltou a estratégia de Marcius para desqualificar as vítimas: “Essa é uma amante (contando nos dedos), vingativa, essa é uma ex-namorada louca, essa é uma ambiciosa que quer fama. Ele inverte, como ele (Melhem) não consegue comprovar, não consegue negar porque é verdade, ele tenta confundir a opinião pública e tentar manipular a narrativa de que são todas loucas. Olha quantas loucas (apontando para os demais presentes), e esse grupo não está completo”, afirmou.

“Estava insustentável trabalhar em um ambiente em que eu comecei a perceber que eu era barrada dos convites; que eu não era liberada para as coisas; que eu estava trabalhando com tremedeira; que ele se aproveita das brincadeiras para brincar ereto; que ele pega de verdade; ele tenta enfiar a língua de verdade. Não é selinho, não é piada, não é brincadeira”, acrescentou.

Os atores Marcelo Adnet e Eduardo Sterblicht também participaram da entrevista. Sterblitch de forma remota, via chamada de vídeo.

O que diz Marcius Melhem

Durante a entrevista, Marcius afirmou que o ambiente de trabalho era de humor, que as pessoas brincavam o tempo todo. “Eu fiz brincadeiras na época, que eu como chefe não deveria ter feito.”

“Eu nunca encostei pênis ereto em nenhuma mulher. Nunca forcei beijo. Eu tinha uma brincadeira com um redator de brincar, de chegar, só com os meninos e não todos, só com quem tinha mais intimidade. Que era chegar e encostar o pênis no homem. Não tinha nada de erótico nisso”, afirmou.

Em relação ao episódio que Luciana Fregolente contou, ele diz: “Ela amava essa brincadeira. Era uma brincadeira lá do passado, de trote. Você recebia a pessoa no primeiro dia de cueca. Homens e mulheres. Tomavam aquele susto, brincadeira babaca”.

O comediante ainda disse que Luciana viu que estava perdendo espaço na empresa e deu o golpe: “Ela queria o crédito que ela não teve, ela saiu do Zorra porque estava sem ambiente”.

Então, o humorista defendeu que deveria ter recebido um treinamento por parte da Globo: “A TV Globo me chamou pra ser chefe e eu topei. O que eu acho que hoje já existe, eu deveria ter dito um treinamento. Olha, agora você não é mais colega, agora você é chefe. Isso você não pode mais fazer, nos 50 anos da TV Globo já aconteceu isso, isso e isso”, alegou.

“Ao longo de qualquer ano da minha vida, qualquer relação de trabalho, por qualquer razão. Qualquer pessoa que eu noto, que eu perceba que a pessoa possa ter ficado chateada, eu imediatamente perguntava”, afirmou o humorista.

Melhem ainda rebate os argumentos de Dani Calabresa, que o acusa de ter impedido que ela fizesse alguns filmes. Ao final da entrevista, o humorista garante que algumas pessoas foram convencidas que seriam vítimas. “Eu acho que tem gente ai de bom coração. Tem gente que está ai com sentimento de causa, de pertencimento, que inclusive nem sabe que é vítima. Que foi convencido por esse tríade”, finalizou.

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