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Compromisso com a comunidade é prioridade no projeto do Novo Caximba

"O compromisso com a comunidade é a chave do desenvolvimento do Projeto de Gestão de Risco Climático do Bairro Novo do Caximba. Estamos......

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Por CGN

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O Projeto de Gestão de Risco Climático do Bairro Novo do Caximba (PGRC), maior intervenção socioambiental da história recente de Curitiba, tem na coparticipação entre o poder público e a comunidade local um dos alicerces para êxito na sua implantação.

“O compromisso com a comunidade é a chave do desenvolvimento do Projeto de Gestão de Risco Climático do Bairro Novo do Caximba. Estamos interrompendo um processo de degradação para promover a maior intervenção de recuperação urbana, ambiental e humana da cidade”, frisa a diretora de Projetos do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Célia Bim.

A afirmação de Célia foi feita na tarde desta quinta-feira (23/3), no painel Planejamento urbano e arquitetura no setor público: vetores de transformação urbana, realizado na plenária principal da Smart City Expo Curitiba 2023.

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A participação da comunidade, do poder público, da iniciativa privada e de representantes do terceiro setor, numa equação de corresponsabilidade pelo desenvolvimento sustentável dos ambientes urbanos, foi tônica do painel que, além da diretora de Projetos do Ippuc, também reuniu o diretor de Desenvolvimento Urbano da cidade de San José, capital da Costa Rica, Jayrol Araya; o diretor de Desenvolvimento da empresa Clear Channel, Thiago Gadelha; e o coordenador de Soluções Sociais da ONG Gerando Falcões, Rodrigo Vieira. O painel foi mediado pela arquiteta e ubanista Ana Luiza Ottersbach, do Instituto Jaime Lerner.

Em sua fala, Araya destacou que a capital costarriquenha tem trabalhado em várias frentes para organizar a cidade de forma a valorizar o potencial histórico e turístico local. A definição de novas legislações que tratam de permissões de uso do espaço urbano e a sua aplicação foram apontadas como atuais desafios pelo arquiteto.

Os desafios do controle urbano, que considera vital, são não apenas disciplinar a propaganda e publicidade, bem como reduzir o grau de informalidade nas atividades comerciais. “Com nova regulamentação tornamos a legislação mais rígida, principalmente na área do centro histórico da cidade. Também nessa área, para o fortalecimento do turismo urbano o desafio está no resgate de edifícios não declarados como patrimônio, mas com alto potencial de utilização”, explicou o diretor de Desenvolvimento Urbano da cidade de San José, capital da Costa Rica, Jayrol Araya.

Para a atração de investimentos e desenvolvimento, foram implantadas em San José unidades de fomento dedicadas a atrair negócios à cidade.

Segundo Ayrol, a capital da Costa Rica também está atualizada quanto às adaptações com vistas às mudanças climáticas, uma vez que a região já sofre efeitos com inundações.

Coparticipação

O Projeto de Gestão de Risco Climático do Bairro Novo do Caximba tem como ponto focal a recuperação da área da ocupação 29 de Outubro, instalada há mais de uma década em Área de Proteção Ambiental (APA), no encontro das Bacias dos Rios Barigui e Iguaçu, no extremo sul de Curitiba (na divisa com o município de Araucária).

Com investimentos de € 47,6 milhões (Euros), dos quais € 38,1 milhões da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e € 9,5 milhões (Euros) em contrapartidas da Prefeitura, o programa prevê um conjunto de obras que vão promover a urbanização e o desenvolvimento da comunidade local, com a transferência de famílias de áreas ambientalmente frágeis e em situação de risco, além de interromper a degradação do meio ambiente.

Grande parte das soluções propostas tem origem em pesquisas feitas por técnicos do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), com insumos e informações coletados na própria comunidade da Vila 29 de Outubro.

Essa interrelação entre o poder público e a comunidade é fator determinante para o êxito de uma intervenção.

Segundo o coordenador de Soluções Sociais da ONG Gerando Falcões, Rodrigo Vieira, muitos projetos de municípios não deram certo em favelas pela pela falta de interação com a comunidade local.

“Temos exemplos de projetos integrados que envolvem a participação social num modelo de cogestão. Por isso, criamos o programa chamado Favela 3D, que envolve soluções integradas de urbanismo, geração de renda e desenvolvimento social”, explicou Vieira.

Representante da iniciativa privada no debate sobre planejamento e projetos urbanos, o diretor de Desenvolvimento da empresa Clear Channel, Thiago Gadelha, aponta uma mudança na orientação do setor feita com base em pesquisas envolvendo consumidores e a relação com serviços públicos financiados pela publicidade.

“92% das pessoas apoiam a implantação de painéis publicitários desde que haja reversão em serviços públicos”, observou Gadelha. 

Para ele, é positivo o ordenamento da publicidade com este fim, por parte das cidades. “A mudança está em usar mobiliário urbano como plataforma de serviços para as cidades. Quando a cidade ordena a publicidade, o poder público consegue reverter em serviços públicos para a população. É uma equação que também reduz o dispêndio de recurso público”, completou o representante da Clear Channel.

Como exemplos dessa utilização, Gadelha citou os atuais serviços de Car-sharing movidos a eletricidade financiados por publicidade, como também de bicicletas compartilhadas. 

Em Londres, segundo Gadelha, a Clear Channel atuou na requalificação das tradicionais e antigas cabines telefônicas, referências britânicas que estavam vandalizadas e em desuso, como portais de sistemas de wi-fi gratuito. “Para cada cabine telefônica vandalizada também foi plantada uma árvore, como forma de contribuir para ampliar o índice de arborização da cidade”, contou.

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