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Imagem referente a Antropóloga promete dar continuidade ao trabalho de Bruno Pereira
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

Antropóloga promete dar continuidade ao trabalho de Bruno Pereira

A antropóloga Beatriz Matos, viúva do indigenista Bruno Pereira, afirmou hoje (27) que assumir o cargo de diretora de Proteção Territorial e de Povos Indígenas Isolados e de......

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Por CGN

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© Marcelo Camargo/Agência Brasil

A antropóloga Beatriz Matos, viúva do indigenista Bruno Pereira, afirmou hoje (27) que assumir o cargo de diretora de Proteção Territorial e de Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato, no Ministério dos Povos Indígenas, significa “dar continuidade ao trabalho de Bruno”. Ela foi uma das participantes de evento organizado pela União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), em Atalaia do Norte (AM), ao qual compareceram representantes do primeiro e segundo escalões do governo federal e estadual, além de lideranças indígenas de diversos povos.

“E ao de companheiros do Bruno”, completou. “A gente vai cumprir, juntos, essa política. Quero dizer que estou aberta e estou muito honrada com esse cargo. Estou lá e estou levando o Javari comigo. Esse ministério, esse departamento vai ter sempre os ouvidos sempre aberto para vocês. Esse lugar é muito importante para mim, para minha família e o Brasil todo”, disse, na sequência, dirigindo-se aos indígenas que compareceram.

Beatriz já foi presidente do Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato. A antropóloga comentou no evento que seus filhos também sofreram ameaças, após o homicídio de seu companheiro, descrito, em carta lida no evento, como um “indigenista dedicado, que se decepcionou com o órgão que devia protegê-lo”.

Presidente da FUNAI, Joênia Wapichana, à esquerda, ao lado de Beatriz de Almeida, e à direita,  Alessandra Sampaio, esposa de do jornalista Don Philips- Marcelo Camargo/Agência Brasil

Relação do poder público com indígenas

O coordenador da Univaja, Paulo Marubo, afirmou que, embora confie na seriedade de Beatriz, teme que a burocracia imponha um grau de lentidão às atividades que ela exercerá. “Criamos expectativa com pessoas que nós conhecemos e que fizeram parte da luta do movimento indígena. Mas, quando entram no governo, não depende só dela, depende do superior dela”, declarou.

Líder indígena, Paulo Marubo, durante visita a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari – Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em entrevista à Agência Brasil, o líder marubo disse que espera que as Forças Armadas aumentem o raio de atuação, para chegar ao Alto Solimões, e complementou, dizendo que, ao se restabelecer a presença constante do Estado na região, toda a população do local ganha, não somente a parcela de indígenas em isolamento voluntário ou de recente contato. Este grupo de indígenas é o responsável pela fama da Terra Indígena do Vale do Javari, que os tem em maior número do que em qualquer outro ponto do globo.

Paulo Marubo repetiu à reportagem o que ponderou, também em entrevista concedida à Agência Brasil, o procurador jurídico da Univaja, Eliesio Marubo, sobre a falha na cobertura do poder público. Para ambos, fica concentrada apenas no município vizinho de Tabatinga. Por isso, eles pedem que os militares cheguem ao Alto Solimões.

Paulo Marubo também comentou que os piratas que renderam uma equipe da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), na última quinta-feira (23), em uma unidade móvel, têm, geralmente, por objetivo, roubar combustível. Conseguir motores das embarcações é outro motivo dos assaltos. “Esse momento é o de falar sobre toda essa realidade”, disse.

Fonte: Agência Brasil

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