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Bloco de Notas – por Caio Gottlieb

Para o meu gosto, e o de muita gente que conheço, as mais belas canções que o intelecto humano seria capaz de criar já foram feitas....

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Por Caio Gottlieb

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Para o meu gosto, e o de muita gente que conheço, as mais belas canções que o intelecto humano seria capaz de criar já foram feitas. Nada, rigorosamente nada, do que se ouve hoje em dia chega aos pés das milhares de obras primas que brotaram em profusão no Brasil e no exterior nas décadas de 60, 70 e 80 do século passado. É impossível comparar. A diferença é brutal. O maior dos gênios daquela época, pra mim, foi o compositor norte-americano Burt Bacharach, que acaba de nos deixar. Saíram do piano dele as melodias que, enriquecidas com as letras de Hal David, seu parceiro inseparável, que também já não se encontra mais entre nós, nos legaram algumas das mais esplêndidas músicas populares de todos os tempos, que eternizaram trilhas sonoras de filmes inesquecíveis e seguem embalando romances e animando pistas de dança mundo afora. Daquelas que, de tão lindas, contagiantes e inebriantes, a gente fica ouvindo repetidamente sem cansar, até porque podemos escutá-las nas vozes de incontáveis intérpretes de diversas nacionalidades. Em resumo, a vida de Burt foi uma dádiva para os ouvidos e sentimentos da humanidade. Descanse em paz, maestro. I say a little prayer for you.

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Reza a anedota, com fundo de verdade, que se a ex-presidente Dilma Rousseff fosse designada para administrar o deserto do Saara, logo iria faltar areia. Todavia, a ruinosa gestão dela que levou nosso país à mais profunda recessão econômica de sua história, com efeitos desastrosos que ainda perduram, não impediu que China, Rússia, Índia e África do Sul, que formam o tal do Brics com o Brasil, aceitassem o pedido do governo Lula para colocá-la no comando do banco de desenvolvimento do bloco. Uma prova, aliás, que nem mesmo eles acreditam na utilidade da instituição financeira e muito menos no futuro do grupo, embora a sinecura arranjada para a petista vá custar caro para o erário dos sócios do clube: salário mensal estimado em 290 mil reais, fora as mordomias orientais que a esperam em Xangai, onde ela vai morar. Resta o consolo de termos nos livrado de algo que poderia ser ainda pior. Já pensou se Lula lhe desse um ministério?

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Já tendo ultrapassado o abate diário de mais de 1 milhão de frangos, o que lhe confere o primeiro lugar no Paraná e a quarta posição no ranking nacional do setor, a Lar planeja aumentar a produção da unidade de Marechal Cândido Rondon que, ao lado das plantas de Matelândia, Cascavel e Rolândia, forma o quarteto de frigoríficos da cooperativa. Foi o que anunciou seu diretor-presidente, o agrônomo Irineo da Costa Rodrigues, ao visitar a cidade na última sexta-feira (10) e ser entrevistado pelo jornal O Presente. Para sair das atuais 165 mil aves/dia para 185 mil, como está projetado, o abatedouro incluirá turnos aos sábados e aos domingos até o final do ano, gerando mais de mil novos empregos diretos. Fazendo uma avaliação do cenário nacional do agronegócio, o líder cooperativista revelou que já teve a oportunidade de se encontrar com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. “Conversamos bastante, e foi uma boa conversa. Ele é um homem do agro, tem o DNA do Mato Grosso. A equipe que está montando é extraordinária, reconhecida. Todos estão aplaudindo. Então, é um bom início”, assinalou. Para Irineo, “o agro se tornou muito importante para o país, e nas últimas três décadas, indiferente de presidente (da República), o agro foi considerado, e não vejo que agora será diferente.” E concluiu, alertando: “Agora, tem ameaças? Tem! De tributação, de movimentos sociais, demarcações de terras e as decisões do STF que, ao meu ver, não seguem muito a letra da lei.”

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A propósito, uma das ameaças que rondam o agronegócio citadas pelo diretor-presidente da Lar mostrou no último sábado (11) que não deve ser nem um pouco menosprezada. Em um seminário promovido pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, que reuniu no interior de São Paulo centenas de militantes e vários próceres petistas, alguns inclusive com cargos no governo, a grande atração foi o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, que fez um discurso ao lado de João Pedro Stedile, principal liderança do MST. A quatro meses de se aposentar, Lewandowski rememorou seus tempos de advogado dos sindicatos dos operários do ABC paulista ao defender que as reformas trabalhista e previdenciária deveriam ser submetidas a referendo, para que seja obtida a “democracia participativa que todos almejamos.” Liberando os “companheiros” do tratamento de “excelência” devido a integrantes do STF, Lewandowski, sem o menor pudor, desmanchou-se em elogios à organização criminosa que se notabiliza por afrontar a lei e o direito constitucional de propriedade, invadindo fazendas e expulsando seus legítimos donos para fazer a reforma agrária com as próprias mãos. A que nível vergonhoso de degradação ética e moral chegou suprema Corte do Brasil.

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Era meta do ex-ministro da Economia Paulo Guedes zerar o déficit das contas públicas ainda no primeiro ano do governo Bolsonaro, mas a acomodação do orçamento herdado da gestão anterior não permitiu. Depois veio a pandemia e a redução dos custos da máquina estatal tornou-se impossível, ainda que as despesas obrigatórias acumuladas ao longo de 2020 tenham se mantido estáveis. Já em 2021 o controle dos gastos pode ser novamente retomado e o exercício encerrou-se com déficit de 35 bilhões de reais, um resultado surpreendente diante das previsões iniciais que apontavam 331 bilhões. Mas a boa notícia veio no final de janeiro com o fechamento do balanço de 2022, último ano do mandato do ex-presidente, que mostrou que o governo anterior havia alcançado um superávit primário de mais de 54 bilhões de reais. Trocando em miúdos, pela primeira vez nos últimos nove anos as receitas da administração federal superaram as despesas, sem levar em conta o pagamento de juros da dívida pública. Um grande trabalho do ministro Paulo Guedes. Do jeito que as coisas estão indo agora, ainda haveremos de sentir muitas saudades dele.

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