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Imagem referente a China não deve fechar acordo com Mercosul, avalia especialista da UERJ
© Tomaz Silva/Agência Brasil

China não deve fechar acordo com Mercosul, avalia especialista da UERJ

A possível assinatura de um tratado bilateral do Uruguai com a China, o que poderia prejudicar o Mercosul, não deverá acontecer. A avaliação é do geógrafo......

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Por CGN

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Imagem referente a China não deve fechar acordo com Mercosul, avalia especialista da UERJ
© Tomaz Silva/Agência Brasil

A possível assinatura de um tratado bilateral do Uruguai com a China, o que poderia prejudicar o Mercosul, não deverá acontecer. A avaliação é do geógrafo e professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Elias Jabbour. Ele participou, nesta quinta-feira (2), de palestra na 13ª Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE), que este ano ocorre no Rio de Janeiro.

Segundo Jabbour, o sucesso chinês se explica na forma como o país se colocou no mundo nas últimas décadas. Enquanto o Brasil foi tragado pela globalização, ao abrir subitamente suas fronteiras ao capital internacional, a China aderiu ao processo de forma ofensiva, colocando as suas exigências.

“Tinha mão de obra, mais de 1 bilhão de habitantes, um mercado consumidor em potencial e usou isso ao seu favor. Para investir na China, as empresas tinham que se associar com uma empresa chinesa, transferir tecnologia. Eles trabalharam com a ideia de joint ventures com o capital estrangeiro, com a estratégia de buscar tecnologia, os melhores métodos de administração. Foi um grande projeto nacional, que teve como um dos pilares a inserção ativa na globalização. Ao contrário do Brasil, que teve uma inserção passiva, sem uma estratégia para lidar com um mundo em transformação. Quando abrimos a nossa economia, a nossa indústria foi destruída”, disse Jabbour.

“Eu não acho que houve quebra nessa relação. O que se aprofundou foi a nossa dependência em relação à China, para produtos primários. Os chineses trabalham com um tempo histórico diferente do nosso. Para eles, Bolsonaro vai e o Brasil fica. Eles têm uma visão do Brasil muito mais sofisticada do que nós mesmos temos. Então, para os chineses, interessa um Brasil forte, industrializado, com uma base material que o coloque em condição de ocupar um espaço neste mundo multipolar. Isso interessa a eles”, afirmou Jabbour.

Fonte: Agência Brasil

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