O caminho para um estado totalitário – por Caio Gottlieb
O primeiro deu um jeito de tirá-lo da prisão, anulou suas condenações por corrupção passiva e lavagem de dinheiro (anteriormente confirmadas em três instâncias judiciais) e...
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Por Caio Gottlieb
Nunca antes na história deste país – como Lula adora falar – houve um alinhamento tão sólido, uma parceria tão fraterna, um entendimento tão perfeito entre um presidente da República e a alta cúpula do Judiciário tal qual existe atualmente entre ele e o Supremo Tribunal Federal e seu puxadinho chamado Tribunal Superior Eleitoral.
O primeiro deu um jeito de tirá-lo da prisão, anulou suas condenações por corrupção passiva e lavagem de dinheiro (anteriormente confirmadas em três instâncias judiciais) e limpou sua ficha suja para habilitá-lo a concorrer a um terceiro mandato.
O segundo concedeu-lhe indisfarçável predileção na arbitragem dos conflitos da campanha com decisões majoritariamente desfavoráveis ao adversário, que foram fundamentais para o desfecho do pleito.
Mas os bons préstimos das duas Cortes não pararam por aí e seguem em ritmo desenfreado através da implacável mão de ferro do chefe do TSE que, sob o pretexto de “proteger” a democracia, adota um vasto repertório de medidas autoritárias e intimidatórias contra opositores do atual governo: cerceia a liberdade de imprensa e de expressão impondo censura explícita a veículos de comunicação ao proibir a abordagem crítica de temas como as urnas eletrônicas, manda excluir reportagens das plataformas de notícias e determina o bloqueio de perfis nas redes sociais de jornalistas, políticos e quaisquer cidadãos que se atrevam a fazer questionamentos que ele julgue inconvenientes.
Talvez não seja nenhum exagero imaginar que o futuro que essa perigosa relação projeta venha a ser um cenário em que Lula, encontrando resistências no parlamento para emplacar a agenda petista, acabe governando em consórcio com o STF.
Se isso acontecer, é bem possível que tudo o que a direita conquiste no Congresso seja derrubado no Supremo e tudo o que a esquerda não obtiver no Congresso, conseguirá no Supremo.
Que os deputados e senadores da próxima legislatura, a ser empossada dia 1° de fevereiro, fiquem espertos.
Pelo andar da carruagem, correm o sério risco de não servirem pra nada.
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