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E o peru, tá de pé?

Segundo a tradição, servir peru na ceia de Natal é um símbolo de fartura. No século 16, a ave se tornou sinônimo de riqueza e estava...

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Por Deyvid Alan

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Neste sábado (24), diversas famílias estarão reunidas para celebrar o Natal com uma bela ceia, todos ansiosos para o relógio apontar meia-noite e se deliciar com aquele peru de respeito.

Segundo a tradição, servir peru na ceia de Natal é um símbolo de fartura. No século 16, a ave se tornou sinônimo de riqueza e estava presente apenas na mesa de famílias nobres da época.

A partir de 1920 com o crescimento da produção de alimentos, a ave ficou barata o bastante para ser servida em ocasiões especiais, como o Natal, nos lares na América do Norte e na Europa. No caso do Brasil, ao que tudo indica, o consumo de peru no Natal vem justamente da tradição norte-americana.

Mas a pergunta que não quer calar: aí na sua casa o peru tá de pé ou não será a atração desta noite?

O peru subiu!

Acontece que comemorar o natal saboreando o peru não é opção para todas as famílias, já que o preço da ceia teve uma alta média de 16,2% em comparação ao ano passado.

Os números do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mostram que as frutas em geral, item muito presente nas ceias da população, tiveram aumento médio de 40% e o refrigerante subiu 17%. Bacalhau e frango tiveram altas de 7,9% e 5,1%, respectivamente.

O panetone, por exemplo, subiu aproximadamente 20%, enquanto o preço das aves teve alta média de 11%. Em contrapartida, a carne de porco e o arroz tiveram queda de 3% e 4,6%, respectivamente.

O peru de Natal apresenta variação de valores, podendo ser encontrado mais barato em alguns estabelecimentos. Pelo aplicativo menor preço, em Cascavel, a média do quilo das aves mais em conta varia de R$29,99 a R$45,69. Algumas marcas chegam a custar R$71,99 o quilo.

A tradicional rabanada também está surpreendendo muitos consumidores pelo custo mais alto nos ingredientes para sua preparação: o grupo leite e derivados cresceu 26% (o leite in natura ainda mais, quase 40%); o pão francês, 18%; ovos, quase 20%. O açúcar, por sua vez, foi o único com deflação: -1,1%.

Não apenas a ceia de Natal ficou mais cara. Os presentes “pomposos” também estão sendo substituídos por lembrancinhas mais singelas, haja vista o aumento nos preços que obrigou muitos consumidores a cortarem essa despesa.

Os dados da Fecomércio também apontam que os itens de consumo mais procurados para presentear no Natal apresentaram alta de 9,02%. Vestuários e calçados lideram os reajustes.

Os vestidos encareceram 27,87%, ao passo que as calças femininas estão 27,42% mais caras. A calça infantil e o tênis registraram aumento de 24,84% e 23,54% respectivamente. Os brinquedos também subiram 20,06% em 12 meses.

A demanda e a época não são as grandes responsáveis pela inflação no segmento, que é atribuída ao encarecimento do custo produtivo, do algodão, do poliéster, dos tecidos e das malhas – cenário recorrente desde o início do ano.

Para os anais da história

Precisamos registrar que, enquanto as portas se fecham e impedem a entrada do peru nos lares brasileiros pela falta de dinheiro, os deputados do Paraná aprovaram o aumento do próprio salário em 36%.

A aprovação do texto final aconteceu na quinta-feira (22), um belo presente de Natal “dado” pelos paranaenses àqueles profissionais que trabalham arduamente – faça sol ou chuva – para garantir qualidade de vida à população do estado. (Contém ironia).

Atualmente, os parlamentares da Assembléia Legislativa do Paraná recebem R$ 25,3 mil. Com o reajuste que ocorrerá a partir de janeiro de 2023 de forma escalonada, o salário chegará a R$ 34,7 mil em fevereiro de 2026.

No caso dos secretários, atualmente com vencimentos de R$ 23.634,10, os salários têm reajuste de R$ 6 mil e passam a ser de R$ 29.942 em 2023.

A proposta mantém o salário do governador sem aumento, em R$ 33.763 mil, assim como o do vice, em R$ 32.074. Com isso, a partir de fevereiro de 2024 o salário dos deputados passará a ser maior do que o do governador.

Inconstitucional? Não. Mas um tanto quanto desrespeitoso, indecoroso, vil. Enquanto parlamentares recebem, apenas de salário, quase R$ 35 mil – sem contar os benefícios e auxílios para tudo e mais um pouco – os verdadeiros trabalhadores se desdobram para dar conta de comer e não ser despejados.

E o peru?

Acho que depois de tudo isso, o peru é o menor dos problemas!

Se você está entre os brasileiros que deixaram o peru de lado, não fique triste. Levante a cabeça e confira opções de ceias deliciosas sem a ave. Mas, se na sua casa o peru tá de pé, clique aqui e veja receitas com perus de todos os tamanhos e para todos os gostos.

Feliz Natal!

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