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Imagem referente a Número de acidentes cai 32,33% no primeiro semestre de 2020 em Cascavel

Número de acidentes cai 32,33% no primeiro semestre de 2020 em Cascavel

Apesar da redução nos acidentes, a gravidade nas ocorrências foi maior, com aumento de 35,71% no número de óbitos no local......

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Por Ricardo Oliveira

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Imagem referente a Número de acidentes cai 32,33% no primeiro semestre de 2020 em Cascavel

O setor de Pesquisa e Estatística da Cettrans/Transitar acaba de concluir o levantamento de acidentes de trânsito registrados nas vias urbanas de Cascavel no primeiro semestre deste ano. No comparativo com igual período de 2019, nota-se uma queda de 32,33% no total de ocorrências, baixando de 2.063 de janeiro a junho do ano passado para 1.396 este ano. Quando se compara o número de vítimas, a estatística também é positiva, com redução de quase 50%, passando de 771 pessoas feridas para 409 (queda de 46,95%), contudo, um número equivalente de óbitos: nos dois semestres morreram 11 pessoas nas vias urbanas de Cascavel. 

O levantamento mostra que o maior número de acidentes continua envolvendo motociclistas. Este ano já foram 335 acidentes, com 198 feridos e seis óbitos de janeiro a junho, sem contar os números já registrados em julho. Embora tenha sido registrada uma queda de 26,21 nas ocorrências (454 acidentes envolvendo motos no primeiro semestre de 2019) a gravidade foi maior este ano: o número de mortes cresceu 200%. No ano passado foram dois óbitos.

Quando se analisa os números de acidentes envolvendo pedestres temos uma redução de 58,97% nos atropelamentos, com queda de 75,68% no número de feridos, mas gravidade mantida quando se fala em mortes: foram três óbitos em 2019 e três em 2020, sendo um de criança.

No que se refere a ciclistas, é o oposto. Foram 200% menos mortes nesse primeiro semestre, baixando de duas mortes para nenhuma este ano. Também caiu o número de acidentes de 38 para 33 este ano e o número de feridos de 34 para 23.

Educação de trânsito

“Os números positivos são resultado do trabalho permanente que desenvolvemos de educação de trânsito nos últimos anos, com campanhas educativas, atividades presenciais, atividades intensas junto às instituições de ensino e, mesmo na pandemia, ações digitais e virtuais por meio das redes socais, e a constante operação presença dos nossos agentes de trânsito, junto com o nosso tripé educação-fiscalização-engenharia de trânsito, sempre visando a um trânsito mais seguro e humanizado para a nossa cidade”, avalia Luciane de Moura.

Além disso, com a pandemia as pessoas saíram menos de casa, há menos crianças e idosos nas ruas; houve também redução nos números envolvendo essas faixas etárias e os ciclistas, devido aos investimentos em ciclovias. “Não teve ainda no perímetro urbano óbitos envolvendo bicicletas, mas ainda precisamos trabalhar o respeito e a consciência do ciclista e demais condutores para que estes números sejam ainda mais positivos”, destaca Luciane.

Circunscrição de Cascavel

Quando se analisa os dados do Cotrans (Comitê Intersetorial de Trânsito)/PVT (Programa Vida no Trânsito), que engloba toda a circunscrição do Município, incluindo o perímetro rodoviário e as marginais das rodovias, a estatística mostra que apesar da redução nos acidentes, a gravidade nas ocorrências se manteve: em toda a circunscrição do Município, já são 26 mortes este ano, uma queda de apenas 3,70% em relação a 2020, quando 27 pessoas perderam a vida em acidentes.

A estatística de óbitos se manteve equivalente para motociclistas em 2019 e 2020 (8) e pedestres (7); teve redução de 100% para ciclistas (4 em 2019 e nenhum este ano); queda de 33,33% para passageiros de automóvel (3 em 2019 e 2 este ano) e cresceu 60% para condutor de automóvel, passando de 5 para 8.

35,71% mais óbitos no local

Dados do 4º Grupamento de Bombeiros revelam uma queda de 10,58% no número de ocorrências, baixando de 1.446 para 1.293, com menos 11,98% vítimas de janeiro a junho deste ano. Contudo, segundo o major Amarildo, coordenador do Cotrans, cresceu a gravidade das ocorrências, com aumento de 35,71% o número de óbitos no local, passando de 14 no ano passado para 19 este ano.

“A diferença de óbitos em relação ao Cotrans se deve às vítimas que morrem posterior no hospital, em função dos ferimentos, ou que são atendidas pela concessionária nas rodovias”, explica o major.

Fatores de risco

Segundo o major Amarildo, dentre os principais fatores de risco analisados pelos setores que integram o Cotrans estão o excesso de velocidade como o fator preponderante, seguido de falta de atenção do condutor, que está diretamente ligado ao uso de celular ao volante como uma das principais causas. A associação de álcool e direção vem em seguida, embora subnotificada, por falta de laudo, além do avanço de sinal, que pode ser por falta de atenção ou falha de engenharia.

“Velocidade é um fator de risco geral, não somente no Brasil e se agravou durante a pandemia porque as pessoas encontram menos carros nas ruas, então aumentam a velocidade, pois sentem-se menos fiscalizadas também, além de não usarem cinto de segurança. Por outro lado, com menos emprego, muita gente migrou para a entrega com motocicleta (delivery), sem formação. Sem o preparo adequado, acabam exagerando na velocidade para fazer mais entregas, avançam o sinal e os demais condutores de automóveis acabam não respeitando também essas leis, o que resulta em graves acidentes, por isso, apesar da redução, ainda estamos muito aquém do que gostaríamos”, analisa o major do 4º GB.

Jovens

De acordo com a coordenadora do setor de Educação de Trânsito da Cettrans/Transitar, Luciane de Moura, o público jovem continua sendo o maior envolvido nas estatísticas. “Devido à alta velocidade, devido à imprudência no trânsito, muitas vezes perde a vida prematuramente e, quando não se machuca, acaba machucando ou tirando a vida de alguém”.

Dia do Motorista e Dia do Motociclista

Diante disso, ainda neste mês de julho, em função de datas comemorativas como do Dia do Motorista (25) e Dia do Motociclista (27) serão realizadas ações de conscientização voltadas à segurança no trânsito, visando também à redução de acidentes neste momento de pandemia em que acidentados graves ou gravíssimos acabam precisando também de leitos hospitalares.

“Muitas pessoas estão esquecendo que o equipamento de segurança que já deveria fazer parte da rotina há décadas, como o cinto de segurança. Somos vulneráveis e, por isso, precisamos de proteção para preservar nossa vida, por isso mesmo de forma digital e virtual vamos intensificar campanhas de valorização destes profissionais que trabalham no trânsito, pois o bem mais importante que temos, é a nossa vida”.

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