Vereador alvo em investigação sobre PCC é eleito vice da Câmara de Suzano

“Zé Pirueiro” é alvo de uma investigação que apura a relação da facção PCC com o sistema complementar de vans na cidade. ...

Publicado em

Por Agência Estado

O vereador José Carlos de Souza Nascimento (PTB), o “Zé Pirueiro”, foi eleito vice-presidente da Câmara de Suzano, na Grande São Paulo, na sessão ordinária da quarta-feira, 19. Ele teve a prisão preventiva decretada em 28 de março de 2018 após promotores do Gaeco – braço do Ministério Público que combate o crime organizado – encontrarem drogas, arma, colete balístico e “grande soma de dinheiro” na Cooper-Suzan, cooperativa de van que ele chefiava.

“Zé Pirueiro” é alvo de uma investigação que apura a relação da facção PCC com o sistema complementar de vans na cidade.

O vereador nega envolvimento com a facção e que tenha cometido qualquer crime.

Em 12 de março de 2019, a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça revogou a prisão provisória de “Zé Pirueiro” por medidas cautelares alternativas, como se manter afastado do cargo.

O vereador obteve liminar do ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal, em 5 de dezembro de 2019, para voltar à cadeira na Câmara do município da região Leste da Grande São Paulo.

Ao ser empossado na vice-presidência da Câmara de Suzano, ele fez um agradecimento. “Quero agradecer a confiança dos nobres colegas que me elegeram como vice-presidente e afirmar que vou trabalhar junto com o presidente para fazer uma gestão focada no melhor para a nossa cidade.”

A vice-presidência ficou vaga depois que a vereadora Gerice Lione (PL) renunciou por motivos pessoais. Desta forma, o então vice-presidente, Joaquim Rosa (PL), assumiu o comando da Casa até o final da atual legislatura, que termina em 31 de dezembro.

“Zé Pirueiro” recebeu 13 votos. Também estavam concorrendo ao cargo os vereadores Alceu Cardoso (Republicanos) e José Alves Pinheiro Neto (PDT), o “Netinho do Sindicato”. O vereador Alceu recebeu cinco votos.

Antes do início da votação, Netinho retirou seu nome da disputa.

“O vereador teve a sua prisão preventiva revogada pelo Superior Tribunal de Justiça, com o reconhecimento de que não existiam os fundamentos necessários para tanto. O vereador se encontra na plenitude dos seus direitos políticos e é justo que possa ocupar e exercer plenamente o cargo para o qual foi eleito democraticamente”, diz a nota encaminhada à reportagem pela assessoria do eleito. “Ressalte-se que o vereador não possui nenhuma condenação e a restrição de seus direitos políticos significaria uma antecipação de julgamento. O vereador não possui nenhum vínculo com nenhum tipo de facção criminosa. O vereador jamais cometeu qualquer crime. O vereador exerce o seu direito de defesa no processo em questão e acredita na sua absolvição, pois, é totalmente inocente das acusações.”

Google News

Whatsapp CGN 3015-0366 - Canal direto com nossa redação

Envie sua solicitação que uma equipe nossa irá atender você.


Participe do nosso grupo no Whatsapp

ou

Participe do nosso canal no Telegram

Veja Mais
Sair da versão mobile