AMP
Billy Boss/Câmara dos Deputados

CCJ aprova acordo para instalação de escritório da OCDE no Brasil

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Decreto Legislativo 253/21, que valida os termos do acordo internacional para......

Publicado em

Por Agência Câmara

Billy Boss/Câmara dos Deputados

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Decreto Legislativo 253/21, que valida os termos do acordo internacional para a instalação de um escritório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) no Brasil. O acordo foi assinado em Paris (França) em 8 de junho de 2017 e precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional para entrar em vigor.

O texto do acordo estabelece, entre outros pontos, que a OCDE terá personalidade jurídica e seu escritório gozará de privilégios e imunidades idênticos àqueles garantidos às agências especializadas das Nações Unidas, os quais serão aplicáveis à propriedade da OCDE, seus bens, agentes e especialistas em missão no Brasil.

Deverão ser concedidos privilégios fiscais ao escritório da OCDE no Brasil, como isenção de imposto sobre a compra de veículos importados para o escritório da organização; de taxas de licença de rádio e televisão; e de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o consumo local de bens e serviços por parte do escritório da OCDE, cobrado sobre energia elétrica, telecomunicações e gás.

Na mensagem enviada pelo Poder Executivo à Câmara (MSC 664/20) o Itamaraty e o Ministério da Economia destacam que o acordo tem como objetivo “aprofundar e sistematizar o relacionamento com a OCDE”. O governo argumenta que o Brasil já participa regularmente de 23 órgãos da organização, aderindo a 34 de seus instrumentos legais.

Críticas
Parlamentares de oposição, no entanto, votaram contra a matéria, com o argumento de que o Brasil ainda não faz parte da OCDE e não poderia, portanto, conceder benefícios para a instalação de um escritório.

“Nós temos um impedimento, que, embora seja grande o interesse do governo, interesse esse que está sendo barrado pela política destruidora do meio-ambiente, não conseguimos ainda formalizar a entrada na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Nós não podemos conceder imunidade tributária e outros privilégios e imunidades, porque embora exista essa vontade potencial de ingressar na OCDE, não existe ainda o reconhecimento do Brasil como membro da OCDE”, afirmou o deputado Rui Falcão (PT-SP).

Defesa da proposta
O relator do PDL, deputado Eduardo Cury (PSDB-SP), por outro lado, argumentou que o caminho é inverso: para que o Brasil possa fazer parte da OCDE, é preciso que a organização tenha seu escritório no Brasil. “É condição necessária para que o Brasil possa ser aceito nesse importante organismo. O Brasil ser membro da OCDE vai fazer com que os nossos parâmetros de educação, saúde, parâmetros econômicos sejam colocados à prova. E o Brasil passa também a ter uma série de benefícios fazendo parte desse órgão”, disse.

O acordo internacional para a instalação de um escritório da OCDE no Brasil ainda precisa passar pelo Plenário da Câmara.

Conheça a tramitação de projetos de decreto legislativo

Reportagem – Paula Bittar
Edição – Roberto Seabra

Google News

Whatsapp CGN 3015-0366 - Canal direto com nossa redação

Envie sua solicitação que uma equipe nossa irá atender você.


Participe do nosso grupo no Whatsapp

ou

Participe do nosso canal no Telegram

Veja Mais
Sair da versão mobile