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Foto: Arquivo/ ilustrativa

“Descontrolado”, médico avança em aposentada e confusão vira caso de polícia

A mulher conta que a mãe precisou ser internada na manhã desta quinta-feira (05), depois de passar mal em casa. “Fui primeiro no posto perto de...

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Por Diego Cavalcante

Foto: Arquivo/ ilustrativa

Um misto de humilhação e vergonha. Assim a professora aposentada, de 56 anos, descreve os momentos de desespero que viveu na tarde desta sexta-feira (06), no CRS (Centro Regional de Saúde) do Bairro Tiradentes, em Campo Grande. Depois de questionar um médico sobre o porquê ele deu alta para a sua mãe, de 92 anos, que aguardava transferência desde ontem (05) ela diz ter sido ofendida, diante de toda a unidade médica enquanto o homem partia para cima dela. A confusão virou caso de polícia.

A mulher conta que a mãe precisou ser internada na manhã desta quinta-feira (05), depois de passar mal em casa. “Fui primeiro no posto perto de casa e em seguida eles me mandaram levá-la urgentemente para o posto. Lá, os médicos disseram que ela teve uma isquemia cerebral e desde então nós estávamos aguardando a transferência dela para o hospital”, conta.

No entanto, um enfermeiro foi até ela e informou que o médico de plantão havia acabado de dar alta para a sua mãe. Segundo a aposentada a justificativa dada inicialmente pelo médico era de que a idosa estava apenas desidratada, mesmo depois dela ter passado a noite inteira tomando soro.

“Todos os outros médicos haviam apontado o diagnóstico de isquemia da minha mãe. Eu pedi para o enfermeiro chamar ele para ele me explicar o porque estava dando alta para ela, mas o médico mandou que eu fosse até a sala dele”, completa.

Quando a mulher chegou na sala do médico e questionou o profissional, ele teria se exaltado. “Porque quem manda aqui sou eu. Os outros médicos não sabem de nada”, teria repetido o profissional aos gritos. “Ele bateu as duas mãos na mesa, derrubou tudo no chão e pediu para enfermeira trancar a porta. Em seguida ele colocou as duas mãos para trás e veio jogando o corpo para cima de mim, me encurralando contra a parede”, relata.

A professora aposentada conta que em determinado momento, conseguiu abrir a porta, mas as ofensas continuaram. O médico teria ido atrás dela pelos corredores do posto de saúde. “Eu comecei a gritar perguntando se eles iam deixar ele me bater. Foi quando dois guardas e alguns enfermeiros conseguiram segurar o médico”, completa.

O médico ainda teria partido para cima do esposo da aposentada, que foi até o local no meio da confusão. A Polícia Militar também foi acionada pelo próprio médico e encaminhou os envolvidos para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento) do Cepol. Ao chegar na delegacia, entretanto, o médico foi embora por orientação de um advogado, sem prestar queixa.

A mulher conta que teve de levar a mãe de volta para casa e teme que o quadro clínico da idosa, se agrave. A situação deixou a aposentada traumatizada. “Nunca passei por um constrangimento tão grande quanto esse. Me senti com muita vergonha, todo mundo ficou olhando”, diz aos prantos.

Sesau – Procurada pela reportagem do Campo Grande News, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que vai procurar a unidade de saúde e abrir um procedimento administrativo e sindicância para apurar a conduta do profissional quanto ao atendimento. “Essa situação vai ser verificada para proceder com eventual punição”, informou o órgão, via assessoria de imprensa.

Fonte: Campo Grande News

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