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Imagem referente a Curitiba – Prefeitura inicia processo de recuperação da biblioteca Franco Giglio
O imóvel da biblioteca Franco Giglio será restaurado e irá ganhar um espaço ampliado com sala de múltiplo uso, dois sanitários acessíveis, copa e área de depósito.

Curitiba – Prefeitura inicia processo de recuperação da biblioteca Franco Giglio

Fundada em 1982, para incentivar a leitura entre as crianças do bairro Campina do Siqueira, a biblioteca recebeu o nome do artista plástico Franco Giglio. Foi......

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Por CGN

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Imagem referente a Curitiba – Prefeitura inicia processo de recuperação da biblioteca Franco Giglio
O imóvel da biblioteca Franco Giglio será restaurado e irá ganhar um espaço ampliado com sala de múltiplo uso, dois sanitários acessíveis, copa e área de depósito.

A Prefeitura de Curitiba vai devolver à cidade a biblioteca Franco Giglio, tradicional espaço cultural e de educação localizado na divisa dos bairros Bigorrilho e Campina do Siqueira. O processo para restauro e ampliação do equipamento foi iniciado em março deste ano, com a publicação do Decreto nº 296, assinado pelo prefeito Rafael Greca, para a concessão de incentivo construtivo às obras.

Fundada em 1982, para incentivar a leitura entre as crianças do bairro Campina do Siqueira, a biblioteca recebeu o nome do artista plástico Franco Giglio. Foi um dos primeiros espaços da Fundação Cultural de Curitiba (FCC) aberto à comunidade e voltado para a leitura e o lazer.

O investimento previsto é de R$ 1,2 milhão (R$ 1.244.246.04) a serem captados a partir da venda de cotas de potencial. A possibilidade da captação dos recursos com o suporte do município se deu em 2019 com a transformação do imóvel da biblioteca Franco Giglio em Unidade de Interesse Especial de Preservação (UIEP).

“Vamos devolver à cidade um importante espaço cultural. A Casa Franco Giglio é rica pela história que representa e pela função como casa de leitura. Uma porta aberta ao conhecimento que jamais poderia ter sido fechada”, salienta Rafael Greca.

Por conta do comprometimento da estrutura do piso, a Casa Franco Giglio foi fechada em janeiro de 2011 por orientação da Cosedi (Coordenadoria de Segurança de Edificações e Imóveis).

O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) elaborou o projeto arquitetônico e contratou os projetos executivos de ampliação e restauro do equipamento, que já estão concluídos.

“O imóvel é visível de todos os lados da rua onde está localizado. Para o projeto, em vez de usar o fundo, a opção foi fazer a ampliação na divisa do terreno, com entrada pela área ampliada. Com isso, liberamos o fundo e o gramado em volta da casa”, explica o arquiteto do Ippuc Gerson Smal Staehler.

A área a ser ampliada será de 98,53m² para a implantação de uma sala de múltiplo uso, dois sanitários acessíveis, copa e área de depósito.

Xadrez

Ao longo dos anos a Biblioteca Franco Giglio foi um importante polo de integração da comunidade por meio da leitura e atividades lúdicas.

No início dos anos 90, o engenheiro Civil Maurício Costa Luis, integrante dos quadros do Ippuc desde 2010, aprendeu a jogar xadrez naquele equipamento municipal. Ele morava no final da Vicente Machado e frequentava a biblioteca com os amigos. “As idas à Biblioteca Franco Giglio fizeram parte da minha infância e pré-adolescência. Lá, emprestava livros e participava das atividades, uma delas o xadrez. As aulas incentivaram o nosso grupo de amigos. O xadrez é uma ferramenta importante para o desenvolvimento de estratégia, planejamento e concentração. A biblioteca era um equipamento bastante utilizado pela vizinhança”, disse Luis.

Imóvel histórico

A Casa Franco Giglio está na Rua Jerônimo Durski, 1.057, esquina com a José Domakoski, 538, no Bigorrilho. A estrutura da casa é em alvenaria, com assoalhos e cobertura de madeira.

De acordo com o parecer da Comissão de Avaliação do Patrimônio Cultural (CAPC), que validou a transformação do imóvel em UIEP, é um dos raros remanescentes arquitetônicos da história da ocupação da região do Campina do Siqueira e Bigorrilho.

Conforme parecer do CAPC, o imóvel merece ser reconhecido como UIEP tanto por sua arquitetura rural, representando uma fase importante no processo de ocupação da cidade, e por conservar originais elementos como esquadrias e revestimentos, como pela importância adquirida no imaginário e na memória dos moradores da região onde se localiza.

De acordo com informações da comissão de patrimônio, construída em alvenaria em arquitetura vernácula, a casa representa a típica construção rural feita por imigrantes no final do século 19, início do século 20.

Pesquisas sobre a origem do imóvel feitas com famílias da região apontam que a casa foi construída por João Nadvorny, polonês que chegou ao Brasil em 1902. No imóvel viveram três gerações da família até que no início de 1980 passou a pertencer à Prefeitura, sendo transformada em biblioteca de bairro.

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