Dessa vez não deu

Todo o desastrado e, felizmente, frustrado (ao menos por ora) complô urdido para recriar o Ministério da Segurança Pública, separando-o do Ministério da Justiça sob o falso pretexto de tornar mais eficiente o combate à criminalidade, esconde um único propósito.

Trata-se de uma indisfarçável conspiração tramada dentro e fora do Palácio do Planalto com o objetivo de, em um primeiro momento, tirar a força e minar o protagonismo do ministro Sergio Moro e, no golpe final, levá-lo a pedir demissão do cargo.

Não é nenhuma novidade, aliás, que tal desfecho é desejado e buscado há muito tempo por todos aqueles que se sentem incomodados com a atuação do ex-juiz da Operação Lava Jato, que deixou sua brilhante carreira na magistratura com a convicção de que, no poder executivo, poderia servir ainda melhor ao país com a sua autoridade moral e inabalável popularidade na luta contra a corrupção, o crime organizado e a impunidade.

Portanto, que ninguém se iluda: eles vão continuar tentando derrubá-lo.

E considerando tudo o que está em jogo, é uma batalha que pode definir, para o bem ou para o mal, o destino ético do país.

Vigiai e orai.

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