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Juros futuros fecham em baixa em mais um dia de forte influência do câmbio

Mauricio Patini, gestor de renda fixa da Absolute Investimentos, destaca que, ao contrário da última reunião do Copom, quando o dólar rodava nos R$ 4,10, mantendo-se...

Publicado em

Por Agência Estado

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O movimento do câmbio, a exemplo de quinta-feira, manteve-se nesta sexta-feira como principal vetor para orientar os juros futuros. Com a moeda descendo ao nível dos R$ 4, e até abaixo disso nas mínimas do dia, as taxas fecharam em queda ante os ajustes anteriores, aos pisos históricos, acumulando na semana ligeiro alívio entre 4 e 7 pontos-base nos principais contratos. A forte apreciação do câmbio nos últimos dias reforçou a expectativa para a decisão do Copom na próxima semana, para a qual o consenso de apostas é de corte de 50 pontos-base na Selic, mas há uma precificação residual, para uma redução mais agressiva, de 75 pontos. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 fechou em 4,400%, de 4,457% no ajuste de quinta, a do DI para janeiro de 2023 caiu de 5,480% para 5,41%. O DI para janeiro de 2025 fechou com taxa de 6,07%, de 6,151%.

Mauricio Patini, gestor de renda fixa da Absolute Investimentos, destaca que, ao contrário da última reunião do Copom, quando o dólar rodava nos R$ 4,10, mantendo-se acima deste patamar até o começo de outubro, desta vez o “humor” do investidor com o câmbio está bem melhor, o que dá conforto para o mercado “operar o Copom”. “Nas últimas vezes, o pessoal ia com tudo para apostar na Selic mas com o câmbio pressionado”, disse.

Nas contas do economista-chefe do Haitong Banco de Investimento, Flávio Serrano, a curva projeta 53 pontos-base de corte da atual Selic de 5,50%, na quarta-feira, o que representa entre 85% e 90% de chance de queda de 50 pontos e entre 10% e 15% de possibilidade de recuo de 75 pontos. Para o fim do ciclo, no começo de 2020, a precificação é de taxa básica em 4,30% o que, na prática, indica chance maior de que a taxa esteja em 4,25%.

Nesta tarde, a Aneel anunciou bandeira tarifária vermelha patamar 1 para novembro nas contas de luz. Com isso, a taxa extra será de R$ 4,169 a cada 100 quilowatts-hora consumidos (kWh). Em outubro, vigorou a bandeira amarela, com taxa menor. Nos cálculos de Serrano, do Haitong, o impacto sobre o IPCA do mês será de 0,19 ponto porcentual.

No pano de fundo, o otimismo com as reformas e a agenda microeconômica também continuou dando sustentação à devolução dos prêmios, num dia de apetite ao risco no exterior. O estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, aponta um cenário de melhora no crescimento econômico, mas que não é explosivo e sim de fechamento gradual do hiato do produto. E, ainda, o dólar permite que se reduza a Selic e que esta se mantenha por algum tempo no pisos histórico.

“O Congresso tem se mostrado determinado e convicto sobre a necessidade de continuidade da agenda e os dados econômicos têm vindo positivos”, disse, citando como exemplo os números de crédito que saíram nesta quinta, que mostraram crescimento nas concessões e queda de juros em algumas modalidades.

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