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Ouçam o Dilvo Grolli – Por Marcos Formighieri

O óbvio, numa economia como a nossa baseada na produção agropecuária, em que tudo anda nos conformes da “porteira para dentro” os problemas estão na logística...

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Por Redação CGN

Tenho em mãos um estudo, feito pelo Instituto de Engenharia do Paraná, que gerou sugestões encaminhadas ao governador do Estado. Inicialmente fala em viabilizar a economia paranaense em bases estritamente técnicas e faz em razão disto um arrazoado do óbvio.

O óbvio, numa economia como a nossa baseada na produção agropecuária, em que tudo anda nos conformes da “porteira para dentro” os problemas estão na logística que trava o escoamento da produção e a encarece assustadoramente em decorrência de um modelo de transportes ultrapassado e que privilegia apenas e tão somente meia dúzia de grupos econômicos em detrimento de todo o setor produtivo. Sim, pois nada mais escandaloso do que a exploração do pedágio em nossas estranguladas e inseguras rodovias, cuja tarifa esta entre as mais caras do mundo.

Mas do pedágio rodoviário, que foi instituído no primeiro governo Lerner, e da enorme sangria na nossa economia que o sistema produz as “sugestões” encaminhadas ao governador nada falam. Confesso que ao ler as mesmas, até mais ou menos a metade, achei que elas tratavam de mais uma das muitas denúncias contra o pedágio, o que embora seja extemporâneo, pois as concessões estão por vencer, é falso, pois alguns dos signatários do estudo são totalmente a favor da prorrogação dos atuais contratos, não era o que pensava ser.

Muito pelo contrario, aparentemente é mais um destes muitos estudos “encomendados” para manter e aumentar privilégios as custas do interesse publico. Sim, pois a partir de certa altura o estudo, passa a defender a necessidade de se fazer um acordo de intenções de transportes, entre a APPA – Administração dos portos de Paranaguá e Antonina, a RUMO Logística, e a Ferroeste – Estrada de Ferro Paraná Oeste, para “resolver o problema de escoamento da safra da região Oeste” E a viúva?, bem esta esta representada pelos órgãos públicos citados.

Uma das partes, a RUMO, empresa privada, concessionaria da malha ferroviária Sul, se compromete a realizar tudo o que o contrato de concessões lhe obriga, mas que aparentemente não o fez até hoje. E vai além, promete também cumprir as obrigações contratuais que sua antecessora a ALL teria que ter cumprido. Enfim só falta explicar, como em concessões públicas se fazem alterações no controle de capital e de administração das concessionarias sem que o poder concedente seja comunicado. Mas é sobre isto que o Grolli fala, pois não é possível concordarmos com o repasse de todo o patrimônio da Ferroeste, estimado em bilhões de reais para a empresa RUMO, tão somente na singela operação de prorrogação da concessão da Ferroeste, sem que o tesouro estadual receba um centavo pela transação. Mas o Grolli vai além e detalha a forma como foi e será constituído o patrimônio da Ferroeste. É aguardar para ver!

*O texto é de responsabilidade do seu autor, não reflete a opinião da CGN.

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