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Imagem referente a Caso Meneghel: TJ rejeita recurso e determina cumprimento imediato da pena por assassinato

Caso Meneghel: TJ rejeita recurso e determina cumprimento imediato da pena por assassinato

Expectativa da assistência de acusação é que ordem de prisão seja emitida nas próximas horas......

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Por Mariana Lioto

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Imagem referente a Caso Meneghel: TJ rejeita recurso e determina cumprimento imediato da pena por assassinato

Alessandro Meneghel deve voltar ao regime fechado para cumprir a pena pelo assassinato de um policial federal, crime ocorrido em 2012 em Cascavel. Um recurso que pedia que o ruralista continuasse em liberdade enquanto tramitam novas tentativas da defesa de rever a condenação foi negado nesta tarde (3), pela 2ª Câmara Criminal do TJPR (Tribunal de Justiça do Paraná).  

Cinco desembargadores avaliavam se o ruralista, condenado pela morte do Policial Federal Alexandre Drummond Barbosa, poderia continuar em liberdade durante o trâmite de recursos em terceira instância e a decisão foi unânime, para o cumprimento imediato da pena. 

Em fevereiro de 2017 Meneghel foi condenado a 34 anos e 6 meses de prisão, mas conseguiu o direito de seguir em prisão domiciliar com uso de tornozeleira enquanto tramitavam os recursos possíveis na segunda instância – o Tribunal de Justiça. Para ficar em casa, no Bairro Country, ele alegou que precisava cuidar da mãe doente.

No recurso do TJ a sentença foi reduzida para 29 anos e um mês de prisão. Segundo o assistente de acusação André Peixoto, com a decisão de hoje esgotam-se as possibilidades de recurso em segunda instância e, por isso, a ordem de prisão deve ser emitida nas próximas horas.

“A família da vítima recebe a notícia com serenidade, e aguarda o iminente cumprimento da prisão executória, conforme determinado pelo Egrégio Tribunal de Justiça na tarde de hoje.”

Cláudio Dalledone Junior, advogado de defesa de Alessandro Meneghel, afirmou que não irá se manifestar. 

Relembre o caso

Meneghel é de uma família tradicional de ruralistas, chegou a ser candidato a deputado estadual e sempre se envolveu em polêmica, especialmente ligadas aos assuntos agrários.

O crime ocorreu em frente a mais conhecida casa noturna de Cascavel, na Rua Paraná, em abril de 2012. Houve um desentendimento dentro da festa e Meneghel teria ido até sua casa e voltado armado e com um cão no carro. Ele estava dentro de sua caminhonete quando disparou em direção ao policial, que morreu na calçada. O agente morto tinha 36 anos e o caso gerou grande comoção na categoria.

Meneghel foi preso na mesma madrugada, com uma pistola e uma espingarda calibre 12 e ficou por mais de três anos na cadeia. Durante este tempo foi protagonista da sangrenta rebelião na PEC, em 2014, posto como uma espécie de porta-voz nas negociações. Ele foi liberado para prisão domiciliar em julho de 2015, com uso de tornozeleira.

O próprio júri foi muito polêmico. O local foi transferido de Cascavel para Curitiba para evitar uma possível pressão por parte da família do réu sobre testemunhas. Defendido pelo famoso e polêmico Cláudio Dalledone Junior, foram várias estratégias para adiar o júri. Um julgamento ocorrido em março de 2016 foi totalmente anulado quando se aproximava do final e Dalledone deixou o tribunal. Foram várias idas e vindas, acusações de coação, datas para o júri remarcadas. Até que Meneghel, aos 50 anos, foi julgado e condenado.

O julgamento ocorreu em fevereiro de 2017 e durou cerca de 30 horas. De um lado o MP tentava mostrar Meneghel como um homem frio, que executou com violência e por motivo banal o policial federal. Para os promotores ao buscar armas em casa e voltar com um cão, o réu saiu com intenção de “caçar” o desafeto; de outro lado a defesa de Meneghel tentava mostrar o ruralista como um homem que agiu em legítima defesa, ou seja, “matou para não morrer”, pois foi atacado por um policial treinado.

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