Juro no crédito livre sobe a 36,2%, diz BC; taxa do cheque especial sobe a 306,6%

Para pessoa física, a taxa média de juros no crédito livre passou de 49,6% para 50,2% ao ano de outubro para novembro, enquanto para pessoa jurídica...

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Por Agência Estado

A taxa média de juros no crédito livre subiu de 35,9% ao ano em outubro para 36,2% ao ano em novembro, informou nesta sexta-feira, 27, o Banco Central. Em novembro de 2018, essa taxa estava em 37,9% ao ano.

Para pessoa física, a taxa média de juros no crédito livre passou de 49,6% para 50,2% ao ano de outubro para novembro, enquanto para pessoa jurídica foi de 17,6% para 17,3% ao ano.

Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa passou de 305,9% ao ano para 306,6% ao ano de outubro para novembro. No crédito pessoal, a taxa passou de 38,1% para 38,7% ao ano.

Desde julho do ano passado, os bancos estão oferecendo um parcelamento para dívidas no cheque especial. A opção vale para débitos superiores a R$ 200. A expectativa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) era de que essa migração do cheque especial para linhas mais baratas acelerasse a tendência de queda do juro cobrado ao consumidor. Em junho de 2018, antes do início da nova dinâmica, a taxa do cheque especial estava em 304,9% ao ano.

Em função da ineficácia da autorregulação da Febraban, o BC anunciou a limitação dos juros do cheque especial em 8% ao ano (151,82% ao ano). A nova regra começa a valer em 6 de janeiro.

Os dados divulgados nesta sexta pelo Banco Central mostraram ainda que, para aquisição de veículos, os juros foram de 19,7% ao ano em outubro para 19,4% em novembro.

A taxa média de juros no crédito total, que inclui operações livres e direcionadas (com recursos da poupança e do BNDES), foi de 23,8% ao ano em outubro para 23,9% ao ano em novembro. Em novembro de 2018, estava em 24,5%.

ICC

Já o Indicador de Custo de Crédito (ICC) caiu 0,2 ponto porcentual em novembro ante outubro, aos 20,9% ao ano. O porcentual reflete o volume de juros pagos, em reais, por consumidores e empresas no mês, considerando todo o estoque de operações, dividido pelo próprio estoque.

Na prática, o indicador reflete a taxa de juros média efetivamente paga pelo brasileiro nas operações de crédito contratadas no passado e ainda em andamento.

Spread

O spread bancário médio no crédito livre passou de 30,3 pontos porcentuais em outubro para 30,7 pontos porcentuais em novembro, informou o Banco Central.

O spread médio da pessoa física no crédito livre foi de 43,8 para 44,4 pontos porcentuais no período. Para pessoa jurídica, o spread médio passou de 12,3 para 12,1 pontos porcentuais.

O spread médio do crédito direcionado foi de 4,2 para 4,1 pontos porcentuais na passagem de outubro para novembro.

Já o spread médio no crédito total (livre e direcionado) foi de 19,1 para 19,3 pontos porcentuais no período.

Inadimplência

A taxa de inadimplência no crédito livre passou de 3,9% para 3,8% na passagem de outubro para novembro, informou o Banco Central. Em novembro de 2018, a taxa estava em 4,0%.

Para pessoa física, a taxa de inadimplência seguiu em 5,0%. Para as empresas, a taxa passou de 2,5% para 2,4%.

A inadimplência do crédito direcionado seguiu em 1,9% na passagem de outubro para novembro.

Já o dado que considera o crédito livre mais o direcionado mostra que a taxa de inadimplência permaneceu em 3,0%.

Endividamento

O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro ficou em 44,8% em outubro, ante 44,6% em setembro, informou o Banco Central. Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento ficou em 26,2% em outubro, ante 26,0% em setembro.

O cálculo do BC leva em conta o total das dívidas dividido pela renda no período de 12 meses. Além disso, incorpora os dados da Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar (Pnad) contínua e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), ambas do IBGE.

Segundo o BC, o comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) atingiu 20,7% em outubro, ante 20,6% em setembro. Descontados os empréstimos imobiliários, o comprometimento da renda ficou em 18,4% em outubro, ante 18,3% em setembro.

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