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Governo destina R$ 2 milhões em projeto de Educação 5.0 e de inovação em Internet

O recurso será destinado ao pagamento de 58 bolsas para estudantes e professores de escolas públicas, técnicos, alunos e professores de graduação e pós-graduação das universidades,...

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Por CGN 1

O Governo do Estado, por meio da Fundação Araucária (FA), destina R$ 2 milhões para o projeto Manna Team, um ecossistema de pesquisa, extensão e inovação em Internet das Coisas e suas variações. O projeto é desenvolvido por uma rede de pesquisadores de universidades paranaenses e de outros cinco estados.

O recurso será destinado ao pagamento de 58 bolsas para estudantes e professores de escolas públicas, técnicos, alunos e professores de graduação e pós-graduação das universidades, além do pagamento de custeio.

“O Manna Team é um projeto inovador que promove a inclusão digital, mostrando o mundo tecnológico ainda desconhecido para muitas crianças e jovens carentes, além de incentivá-los a serem futuros pesquisadores”, explica o presidente da FA, Ramiro Wahrhafitg. “A Fundação tem buscado cada vez mais estimular a Educação 5.0 e o Manna Team está se tornando referência nacional nesta e outras iniciativas importantes para o avanço tecnológico e de inovação do Paraná”, ressalta.

O Manna Team abrange Internet das Coisas, Internet dos Drones, Internet Robóticas das Coisas, Internet de Todas as Coisas e Inteligência Artificial (IA). O projeto envolve pesquisadores das universidades estaduais de Maringá (UEM) e do Centro-Oeste (Unicentro), do Instituto Federal do Paraná (IFPR-Paranavaí), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR – Campo Mourão e Santa Helena), da Universidade Federal do Paraná (UFPR-Jandaia do Sul), da Universidade Federal de Viçosa (Florestal-MG), do Instituto Federal de São Paulo (IFSP-Presidente Epitácio), Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB), Universidade Federal de Minas Gerais e da Universidade Federal do Pará.

O Manna Team começou suas atividades há 20 anos como um projeto de pesquisa e extensão. Passou a ser uma rede com quase 200 pesquisadores e tornou-se um Ecossistema de Educação 5.0 que envolve além de pesquisadores, professores e estudantes de pós-graduação, graduação, ensinos técnico, médio, fundamental I e II, de diferentes instituições e cidades.

FORMAÇÃO – Já o projeto Manna Academy é multidisciplinar e envolve temas de pesquisa em sistemas de computação, aprendizagem por desafios, além da cultura em inovação. O convênio com a Fundação Araucária se deu por meio do Manna Academy e prevê o apoio e a difusão dos produtos científicos e tecnológicos que já estão em desenvolvimento no Manna Team.

Maria Luísa Gonzales, professora da Unicentro, ressaltou que a ação visa levar ensino, pesquisa e extensão para além dos muros das universidades. “Por meio do Manna Academy conseguimos ter um alcance ainda maior nas escolas públicas com inovação, tecnologia e felicidade. Será possível formar ainda mais pessoas e mostrar para crianças e jovens que eles podem sim ser cientistas, engenheiros ou o que eles quiserem”, comentou.

Carlos Roberto Beleti Júnior, professor da UFPR, ressalta que o projeto estimula a participação e a formação de pessoas, especialmente meninas e mulheres, nas carreiras de engenharia da computação e microeletrônica. “Por meio da conexão entre escolas com as universidades, permite que uma menina do ensino fundamental, por exemplo, tenha contato com uma pesquisadora e seja encorajada a ser o que ela quiser”, afirma. “Este recurso disponibilizado pela Fundação Araucária nos permitirá alcançar um número maior de alunos.”

ENTRE OS PRIMEIROS – Segundo a coordenadora do projeto e professora da UEM, Linnyer Beatrys Ruiz Aylon, o Paraná está entre os primeiros estados a aportarem recursos em um projeto de Educação 5.0 com investimento em pesquisa e desenvolvimento de alta tecnologia, considerando a aproximação de universidades com escolas públicas.

“Esperamos o surgimento de uma nova geração de pesquisadores e profissionais altamente qualificados, incluídos digitalmente e comprometidos com a ética, com a sustentabilidade, com o bem-estar, com valores e com a comunidade.”

A professora do IFPR- Paranavaí, Daniela Eloise Flôr, explica o diferencial das ações executadas que são voltadas à Educação 5.0. “Focamos no desenvolvimento de hard skills como, por exemplo, o pensamento computacional, a robótica educacional, a cultura maker e as relações multidisciplinares entre ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Mas fazemos isso visando à formação de pessoas que desenvolvam habilidades emocionais, comportamentais e sociais, reunindo condições de causar impactos positivos na sua comunidade.”

PROJETO NA PANDEMIA – O projeto foi adaptado ao momento de pandemia. Com a suspensão de encontros presenciais, os professores realizam uma jornada digital com encontros diários online. São realizadas palestras, cursos e oficinas. Vídeos são disponibilizados no site do programa e há uma agenda para os Kits Delivery de Tecnologia.

Também foram produzidas máscaras nos laboratórios do curso de Engenharia de Produção e impressos artefatos em impressoras 3D para auxiliar a comunidade. Entre vários estudantes, houve interesse do adolescente Sidinei da Silva Araújo Silvério que é deficiente visual e que queria muito aprender Internet das Coisas. A equipe do projeto se organizou ampliando as possibilidades de inclusão.

 “Eu acho importante meu filho aprender, ter essa oportunidade que vocês estão dando a ele. Para que, futuramente, ele venha a ter o seu emprego e que possa ajudar outros deficientes visuais a também terem acesso a essas tecnologias”, agradeceu a mãe do estudante Severina da Silva Araújo.

AEN-PR

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